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Eleições

Haddad e Ciro Gomes ameaçam ir à Justiça para tirar Bolsonaro do segundo turno

18 outubro 2018 - 21h18

As revelações de que empresas bancaram a disseminação de mensagens contra o PT nas redes sociais fazem com que PT e PDT cogitem tentar retirar Jair Bolsonaro (PSL) da corrida presidencial. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira (18), com repercussão pelos demais veículos do País, afirma que empresas bancaram, com contratos de R$ 12 milhões, serviços de disparos de mensagens no WhatsApp contra o PT e a favor de Bolsonaro, o que contraria a legislação eleitoral brasileira.

Em entrevista coletiva à imprensa, o candidato petista, Fernando Haddad, disse que vai acionar todos os mecanismos judiciais para que a campanha de Bolsonaro e os empresários supostamente envolvidos sejam punidos. O ex-prefeito de São Paulo citou ainda a possibilidade de que a candidatura do adversário seja impugnada, e o terceiro colocado no primeiro turno seja chamado para disputar a segunda etapa da disputa.

"Em qualquer lugar do mundo isso seria um escândalo de proporções avassaladoras, poderia encerrar até com a impugnação da candidatura com o chamada do terceiro colocado para disputar o segundo turno", disse Haddad.

Partido de Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, o PDT afirmou, por meio do presidente da legenda, o ex-ministro do Trabalho no Governo Lula, Carlos Lupi, que já prepara uma peça jurídica com a qual pedirá o cancelamento ou a nulidade das eleições presidenciais de 2018. Os argumentos do pedido ainda estão sendo preparados pelos advogados da legenda, que devem endereçar a solicitação ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

"Até as últimas consequências"

Na entrevista que concedeu, Haddad disse que há indícios de outros "milhões de reais" em contratos ainda não identificados e afirmou que a campanha do capitão reformado é suspeita dos crimes de organização criminosa, caixa 2, calúnia, difamação e lavagem de dinheiro.

Independentemente do resultado eleitoral, Haddad afirmou que vai rastrear os responsáveis pela disseminação do conteúdo e pedir prisão em flagrante ou prisão preventiva dos responsáveis. O petista também pretende cobrar de Bolsonaro uma reparação por informações mentirosas feitas contra ele durante o processo eleitoral. "Isso não tem prazo para acabar, vamos até às últimas consequências", afirmou na coletiva, conforme observa o Correio Braziliense.

Além disso, Haddad cobrou que o WhatsApp tome providências. "O Whatsapp pode ajudar se quiser, pode fingir que não é com ele, mas pode ajudar se quiser. Se essa empresa tiver algum compromisso com valores, vai tomar providências e procurar evitar o que aconteceu no final do primeiro turno", disse.

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