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Política

Grupo ausente de sessão diz que está em 'obstrução parlamentar' na Câmara

07 dezembro 2018 - 22h02

"Candidato", embora não aceito ainda oficialmente, em lugar do vereador vereador Pedro Pepa (DEM), que está preso desde quarta-feira (5) em ação do Ministério Público Estadual, à presidência da Câmara de Dourados, o vereador Alberto Alves dos Santos (PR), o Bebeto, justificou na tarde desta sexta-feira (7) a ausência dele e dos outros sete membros do grupo que dão sustentação para a prefeita Délia Razuk, do mesmo partido dele na Casa na sessão em que seriam escolhidos os novos membros da futura Mesa diretora que inicia os trabalhos a partir de janeiro do ano que vem.

“Até o momento do início da sessão desta tarde, a presidente Daniela não havia deferido o nosso pedido e, em função disto nós ficamos impossibilitados de votar de forma democrática”, justifica o vereador, que protocolou documento quinta-feira (6) pela manhã, apoós coletar inclusive as assinaturas de Pepa e do então candidato a vice-presidente Ramão Cirilo (MDB), para alterar a composição da chapa. O pastor preso está sendo substituído pelo vereador Junior Rodrigues (PR).

Os dois substituídos (Pepa e Cirilo) compõem a chapa Legislativo Forte e estão detidos em função da operação do MPE (Ministério Público Estadual) e Polícia Civil, impossibilitados de participar da votação da eleição da Mesa diretora para o biênio 2019/2020. Pelo Regimento da Câmara, entretanto, eles podem ser votados.

Para Bebeto, os oito vereadores ausentes à sessão que elegeria a nova Mesa Diretora foram prejudicados pela procrastinação da atual presidente Daniela Hall (PSD) que não se posicionou oficialmente quanto ao pedido de substituição dos nomes citados. Ele também reclamou que ela não deu posse ao suplente Mauricio Lemes no lugar de Idenor, que pediu afastamento das funções por 30 dias, já que figura também entre os presos da operação do MPE.

Ocupando o sexto mandato sequencial na Câmara, o vereador Bebeto ressalta que a decisão do grupo de se ausentar da sessão de votação da nova Mesa tem amparo regimental. “Regimentalmente, tivemos que nos ausentar para que não houvesse sessão, pois queremos uma disputa onde prevaleça os direitos democráticos”, enfatizou.

Em documento conjunto, ele e os demais colegas faltosos à sessão afirmaram que deliberaram por iniciar o "constitucionalmente assegurado exercício da obstrução parlamentar", até que sejam sanados os 'desmandos' da atual presidente, conforme reclamaram. A assessoria jurídica da Câmara não se posicionou sobre o assunto. A presidente Daniela Hall convocou nova sessão para este sábado (8) às 14 horas, para tentar realizar a eleição.

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