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Política

Vereadores aceitam denúncia e instalam comissão para investigar Júnior Rodrigues

28 maio 2019 - 11h21

A Câmara de Dourados incluiu na pauta de deliberações da sessão ordinária desta segunda-feira (27) a leitura de documento protocolado na semana passada pela ex-vereadora Virgínia Magrini com o pedido de cassação do mandato do vereador Júnior Rodrigues (PR).

Em um documento com 50 páginas, incluindo as 18 páginas de relatório elaborado por técnicos da CGU (Controladoria-Geral da União), a ex-vereadora, advogada de formação, enumera uma série de motivos que, em seu entender, justificam o pedido, ao revelar, por exemplo, que pessoas ligadas ao vereador de Dourados comandam empresa que venceu contratos milionários para prestação de serviços para a Administração Pública.

Uma das citadas é a empresa Bataline e Gomes Ltda – ME, que tem atual nome fantasia de Global Serv Prestadora de Serviços, e que venceu contratos para atuar como lavanderia da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), e cujo relatório assinado por Henrique Weber de Lima, auditor Federal de Finanças e Controle da CGU; Leandro Marques de Sá, coordenador do Núcleo de Ações de Controle da CGU em MS; e Daniel Carlos Silveira, superintendente da Controladoria-Regional da União no Estado de Mato Grosso do Sul, aponta irregularidades que vão desde superfaturamento até falta de controle na pesagem de lençóis, mantas, aventais, fronhas que eram levados para a lavanderia montada pela Global Serv Prestadora de Serviços no interior da Penitenciária Estadual de Dourados.

O parecer dos técnicos da CGU, conforme publicou o jornalista Marcos Santos, na coluna Malagueta do jornal Diário MS, verificou a existência de vínculo entre os empregados e sócio da Global Serv com o vereador Rodrigo Júnior de Morais Rodrigues, que podem indicar um favorecimento na contratação da empresa. “A coluna já havia denunciado que o vereador operou para a empresa faturar contrato através do Pregão Presencial nº 02/2018, Processo de Licitação número 34/2018, com dois valores adjudicados, um de R$ 1.076.400,00 e outro R$ 124.600,00, totalizando R$ 1.200.600,00”, publicou o colunista.

Nomes vinculados

Segundo o relatório da Controladoria-Geral da União, os empregados e sócios da Global Serv com vínculo com Júnior Rodrigues são: Rosângela de Oliveira Palhano Gomes, que havia sido nomeada por meio da Portaria 129, de 24 de janeiro de 2017, como Assessora Parlamentar II, junto ao gabinete do vereador, juntamente com John Paulo Bogarin Gomes, sócio responsável da Global Serv, que realizou doações de campanha, durante o exercício de 2016, em favor do vereador Júnior Rodrigues e Thiago Caetano Alves, gerente da Global Serv, também nomeado Assessor Parlamentar II no gabinete de Junior Rodrigues, em fevereiro de 2017.

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