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Política

Maia diz que general Heleno poderá ser chamado a explicar "novo AI-5"

04 novembro 2019 - 18h42

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que já classificou como repugnante a declaração do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) sobre a possível volta do AI-5, agora criticou o posicionamento do ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) da Presidência da República, general Augusto Heleno, que respondeu Eduardo dizendo que "tem de estudar como vai fazer" isso. Maia lamentou o fato de o general ter se transformado em "um auxiliar do radicalismo" de Olavo de Carvalho e disse que Heleno pode ser convocado pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre o "novo AI-5".

"A fala foi grave. Além disso, ainda fez críticas ao Parlamento, como se o Parlamento fosse um problema para o Brasil. Uma cabeça ideológica. Infelizmente, o ministro Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo [de Carvalho]", afirmou Maia, ao ser questionado sobre o assunto durante agenda oficial em Pernambuco. Ele ainda lamentou os posicionamentos adotados por Heleno nos últimos tempos e disse que era "uma pena que um general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha".

Maia lembrou, contudo, que há um pedido de convocação para que o ministro vá à Câmara prestar esclarecimentos sobre a fala em que endossou a possibilidade da volta da ditadura militar no Brasil, como sugeriu Eduardo Bolsonaro. O pedido foi protocolado pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) e será avaliado pelo plenário da Câmara. Maia evitou, porém, fazer novas críticas ao filho do presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que já havia comentado o caso através de nota divulgada horas após a declaração de Eduardo ter vindo à tona.

O presidente da Câmara afirmou naquela ocasião que "a apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras" e nesta segunda-feira (4) reafirmou que, se a oposição de fato pedir a cassação do mandato de Eduardo, o pedido será encaminhado imediatamente ao Conselho de Ética da Câmara.

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