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Política

Evo Morales anuncia novas eleições na Bolívia

10 novembro 2019 - 15h50

O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou neste domingo (10) a realização de novas eleições na Bolívia, após um relatório da OEA (a Organização dos Estados Americanos) apontar suspeitas de fraude no pleito de outubro, que deu a reeleição já no primeiro turno ao líder esquerdista.

O anúncio foi feito em breve comparecimento perante a imprensa e ainda não está claro se servirá para aplacar a ira dos manifestantes, que há semanas vão às ruas da Bolívia pedir a renúncia do presidente. Segundo Morales, as autoridades eleitorais serão trocadas para o novo pleito, como solicitado pela OEA.

"Decidi convocar novas eleições", afirmou Morales, a partir do hangar presidencial do aeroporto de El Alto, cidade vizinha a La Paz e reduto eleitoral do presidente, repercutiu o portal Terra a partir das informações divulgadas por agências internacionais de notícias.

O líder esquerdista boliviano, no poder desde 2006, ganhou as eleições de 20 de outubro. Mas a apuração de votos foi interrompida inexplicavelmente durante quase um dia inteiro, o que provocou acusações de fraude e desencadeou protestos, greves e bloqueios de rodovias.

Morales é o líder há mais tempo no poder na América Latina. Ele venceu a eleição com dez pontos de vantagem (margem mínima necessária para evitar o segundo turno) sobre o rival Carlos Mesa, o que lhe garantiu um novo mandato. Mas o resultado de uma auditoria da OEA, divulgado neste domingo de forma preliminar, aponta ser estatisticamente improvável que Morales tenha obtido tal margem em sua vitória eleitoral. A entidade diz que não pode, portanto, certificar o resultado divulgado.

Em um comunicado, a organização pediu que o processo eleitoral no país andino comece de novo, ocorrendo "o primeiro turno assim que existirem novas condições que deem novas garantias para sua realização, incluindo uma nova composição do corpo eleitoral". No texto, a OEA pede ainda respeito à liberdade de manifestação do povo boliviano e afirma que entende que "os mandatos constitucionais não devem ser interrompidos, inclusive o do presidente Evo Morales".

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