Menu
Buscarsábado, 20 de abril de 2024
(67) 99913-8196
Dourados
21°C
Política

Ishy quer índios incluídos no grupo de risco da pandemia do coronavírus

19 maio 2020 - 14h52

O vereador Elias Ishy (PT) indicou à Mesa Diretora da Câmara de Dourados, na sessão de segunda-feira (18), para que seja encaminhado um ofício à Presidência da República, com cópias para a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, solicitando a inclusão dos indígenas no grupo de risco da Covid-19 pelo Ministério da Saúde, bem como também a elaboração de plano de combate ao vírus nas comunidades do Brasil, em especial no Mato Grosso do Sul, onde se localiza a segunda maior população do país.

Os primeiros registros da Covid-19 foram realizados na última semana na Reserva, entre eles, de crianças. Em um período de 24 horas foram diagnosticados 10 novos casos só em Dourados. Por esses e outros motivos, segundo Ishy, se faz tão necessária a aprovação e sanção do Projeto de Lei 1.142/20, que dispõe sobre a criação do Plano Emergencial para povos indígenas, quilombolas e tradicionais.

De acordo com Ishy, a ação é essencial para que sejam tomadas medidas urgentes de enfrentamento à pandemia nessas localidades, que pode acabar implicando em uma contaminação sem controle, tendo em vista as condições de vulnerabilidade social dessas famílias. “Sabemos das dificuldades e já temos como exemplo o estado do Amazonas, onde os números aumentam diariamente, principalmente daqueles que moram afastados de hospitais e que não possuem assistência dentro das Reservas"

“A pobreza, a falta de terras para plantação e subsistência, fazem com que essas pessoas precisem sair da reserva para trabalhar na cidade, onde acabam se expondo ainda mais ao vírus e colocando em risco a saúde de toda sua família. Essas que dividem pouco espaço dentro de casa, não sendo possível o isolamento nem a distância mínima solicitada pelos órgãos de saúde”, justifica.

Além disso, o vereador lembra que a falta de água na reserva é algo cotidiano, pois não conta com nenhum sistema de saneamento ou distribuição da potável, sendo necessário, por vezes, caminhar por horas para ter acesso a esse direito fundamental, universal e humano.

Ishy lembrou que no final de semana anterior à sessão foi divulgada uma carta emergencial dos Conselhos Guarani e Kaiowá, onde pediram o fortalecimento da Sesai (a Secretaria Especial de Saúde Indígena), com proteção aos trabalhadores e trabalhadoras, alternativas de isolamento possíveis, leitos e ambulâncias disponíveis, para além, ainda, como a doação de máscaras, produtos de higiene, alimentos e sementes para plantio. Foi recomendado ainda que eles fiquem em seu território, com responsabilidade a lideranças por bloqueios sanitários, com entrada permitida apenas a profissionais da saúde ou ajudas humanitárias. (Da assessoria)

Deixe seu Comentário

Leia Também