Se o município de Dourados havia ficado por dois dias sem um prefeito titular [Ari Artuzi foi preso no dia 1 e o juiz Eduardo Rocha só foi confirmado prefeito interino no dia 3 de setembro), agora a cidade amanhece nesta terça-feira (14) com a possibilidade de dois prefeitos. E até um terceiro, se Ari vier a obter um mandado de soltura junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A vereadora Délia Razuk, do PMDB, foi eleita na sessão desta segunda-feira para substituir o presidente da Câmara, vereador Sidlei Alves, do DEM, que apresentou o pedido de afastamento do cargo, uma vez que ainda não conseguiu o relaxamento da prisão e permanece na Phac, juntamente com o primeiro secretário da Câmara, Júnior Teixeira.
Por outro lado, na semana passada o Tribunal de Justiça acatou o pedido de intervenção no Município, quando o Pleno Maior acolheu solicitação da credora de uma dívida superior a R$ 500 mil, impondo ao governador André Puccinelli a incumbência de designar o interventor.
Com isso, se a opção for por uma solução administrativa, o governador André deverá anunciar nas próximas horas o nome do interventor, a quem caberia gerenciar a crise financeira criada com o não pagamento de precatórios e retomar a normalidade administrativa. Caso a decisão seja política, o Tribunal de Justiça deverá solicitar que o interino atual, juiz Eduardo Machado Rocha, reassuma as suas funções de magistrado e a vereadora Délia Razuk preencha a vaga, restabelecendo a linha sucessória no comando da cidade.
Eduardo Rocha está em Brasília onde tem encontro agendado, no Ministério das Cidades, juntamente com o presidente da Sanesul, José Carlos Barbosa, na tentativa de recuperar pelo menos R$ 50 milhões que deixaram de ser repassadas ao Município para as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) porque o prefeito impedido Ari Artuzi deixou de apresentar projetos técnicos.
