A eleição extemporânea do dia 6 de fevereiro está movimentando as bases petistas na busca de um caminho a ser seguido. Enquanto alguns membros do partido continuam no firme propósito de “manter a história”, lançando um candidato a prefeito que dispute com Murilo Zauith, já homologado candidato oficial do DEM em Dourados, outros correligionários entendem que, neste momento, o melhor projeto seria coligar-se com um dos seus tradicionais adversários para garantir espaço e trabalhar para a eleição de 2012.
Defensor de candidatura própria, o vereador Elias Ishy foi o único a colocar seu nome para que, no encontro e posteriormente na convenção que acontecem na quinta-feira (30) e no dia 2 de janeiro, respectivamente, possa ser indicado pelo voto dos 152 delegados que compõem o diretório municipal. Neste caso, a possibilidade de uma chapa pura é consolidada com a indicação de alguns nomes para vice de Ishy – Elecir Ribeiro Arce, Ricardo Demamann, Gleice Jane, José Joaquim e Ilton Ribeiro.
Porém, um outro grupo opta claramente pela coligação com o DEM e nesse caso, as alternativas de vice para o candidato Murilo estão entre o ex-deputado federal João Grandão, a ex-diretora do HU (Hospital Universitário) Dinaci Ranzi e, embora não tenha sido divulgado ainda, aparece também o nome do engenheiro agrônomo Ermínio Guedes. Completam o grupo de apoio o presidente do diretório petista municipal Tenente Pedro, a professora Zonir Freitas Tetila, esposa do ex-prefeito Laerte Tetila, que também é favorável à coligação, sendo todos ligados politicamente ao senador Delcidio do Amaral.
Por outro lado, a Articulação de Esquerda afirma que já conta com votos suficientes para apresentar candidatura própria, e caso isso aconteça, petistas ligados a Elias Ishy pretendem formar uma frente de partidos com a participação do PCdoB, Partido Verde (que já declarou apoio a Murilo) e o PMDB (cujo racha interno pode dividir o partido entre os dois possíveis candidatos).