Ishy fez sua inscrição como candidato avulso, tendo como vice o empresário Ricardo Demamann, e agora caberá ao Tribunal Regional Eleitoral – TER decidir qual das inscrições do Partido dos Trabalhadores será reconhecida para o pleito.
Segundo ele, foi tomada uma decisão “dentro da democracia”. “O PT é assim. Um partido que tem diversas correntes e sempre discutiu os rumos a serem tomados. Desta vez, não concordamos com o que aconteceu, pois temos a visão que foi desobedecida uma determinação da Executiva Nacional e acredito que seremos reconhecidos como verdadeiros candidatos.
Como fica
A Resolução 453 do TRE-MS diz que “Se acontecer do partido ou coligação não requerer o registro de seus candidatos, eles próprios poderão fazê-lo perante o Juiz da 43ª Zona Eleitoral até as 18 horas do dia 5 de janeiro, por meio do formulário de “Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI). No mesmo dia o chefe do cartório eleitoral deverá afixar no mural o edital com a lista dos candidatos para conhecimento público, quando passa a correr o prazo de 5 dias para qualquer candidato, partido, coligação ou mesmo o MP apresentarem impugnação ao pedido de registro, em petição fundamentada”.
Cumpridas todas essas etapas e possibilidades, o resultado deverá ser divulgado até a próxima segunda-feira, quando termina o prazo para que o juiz eleitoral decida e assim fique definido de que forma o PT estará concorrendo nessa eleição – se com candidato próprio (no caso, Elias Ishy) ou continua na coligação “União por Dourados”, com Dinaci Ranzi sendo a vice de Murilo.
Debandada
Em conversa com o Douranews, Elias Ishy afirmou que, caso venha a perder na Justiça o direito de ser o candidato a prefeito pelo PT, não irá, de forma alguma, apoiar a coligação de Murilo e que não deixará o partido. "Se alguém tiver que deixar o partido serão pessoas que estão, elas sim, contrariando a decisão da nacional e a história do PT", disparou.
Ele continuou dizendo que não haverá uma debandada. "Acredito que a maioria continuará aí, com a coerência que nós sempre tivemos".
Ishy disse que ainda aguarda a decisão final da nacional, mas explicou que "pelas informações que temos, as resoluções da nacional têm caráter terminativo e dão base para o cancelamento de posicionamentos tomados que as contrariem", acrescentando que depois da decisão, se for favorável ao que seu grupo quer, deverá continuar conversando com as pessoas que não estão ao seu lado.