Para o chefe de Inteligência da Anvisa, Adilson Bezerra, esse é um problema sério e deve ser encarado como de Saúde Pública. “A falsificação de medicamentos migrou para dentro das drogarias e farmácias. Quando entra, o consumidor não sabe que está comprando um produto falsificado, corrompido, contrabandeado, sem registro. Temos que combater esse tipo de delito”, afirmou.
O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo o volume apreendido demonstra a capacidade da Anvisa e da Receita Federal em se articularem e combaterem o mercado paralelo de medicamentos. “A mensagem mais importante é que as autoridades sanitárias e de combate à falsificação estão unidas, trabalhando há anos e introduzindo mecanismos para assegurar a qualidade de produtos, que não é um problema só no Brasil”, disse, ao se referir a países europeus e aos Estados Unidos.
Foram realizadas 526 operações em dois mil locais inspecionados, dos quais 38% foram interditados. Em 2007 aconteceram apenas 135 operações.
As principais apreensões incluem 237 mil caixas de medicamentos controlados. Este ano, 20 mil comprimidos hospitalares foram desviados do Sistema Único de Saúde (SUS) e localizados posteriormente.