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Saúde

Depressão e ansiedade afetam um quarto das pessoas com artrose, diz estudo

07 outubro 2010 - 12h10Por Redação Douranews, com Boa Saúde

06 de outubro de 2010 (Bibliomed). A depressão e a ansiedade são dois problemas que geralmente acompanham as doenças reumáticas, segundo estudo recentemente apresentado no Congresso Mundial de Osteoartrite. De acordo com especialistas, a dor crônica nas articulações e a redução progressiva da mobilidade - sintomas que caracterizam a osteoartrite, também conhecida como artrose - podem afetar o ânimo dos pacientes, tornando a depressão e a ansiedade mais comuns.

 

Avaliando 430 pacientes atendidos no Serviço de Reumatologia do Hospital Parc Tauli de Sabadell, na Espanha, os pesquisadores descobriram que 25% daqueles tinham osteoartrite no quadril, nas mãos ou no joelho apresentavam episódios de ansiedade e depressão após o diagnóstico da doença reumática. Como comparação, essa taxa foi de apenas 15% entre os pacientes que foram atendidos com reumatismo em partes moles.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a osteartrite é a quarta doença que mais reduz a qualidade de vida para cada ano vivido. “Estes dados são muito importantes, uma vez que, além de dores, o paciente pode apresentar também depressão e ansiedade, na terceira idade. Pacientes com sentimentos negativos acabam por se isolar socialmente por terem sua mobilidade reduzida, o que limita mais ainda seus afazeres, afastando o indivíduo do convívio com os outros”, explica o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

 

O especialista destaca que os resultados do estudo espanhol reafirmam a importância de uma abordagem multidisciplinar, abrangendo a reumatologia e a psiquiatria e psicologia para o acompanhamento desses pacientes. “Além do suporte psicológico, é muito importante que o paciente com osteoartrite conte com o apoio familiar, pois, assim, o paciente se mune de forças para enfrentar as dificuldades de convivência com a doença e consegue buscar suporte comunitário, quando necessário”, defende o reumatologista.