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Saúde

Troca de Fernando por ex-assessor de Rose Modesto na Sesai provoca reações

11 outubro 2019 - 13h54

Depois de ser nomeado para comandar a Superintendência do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em Mato Grosso do Sul e ter a indicação revogada 24 horas depois, o historiador Eldo Elcídio Moro foi confirmado pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para desempenhar a função de coordenador distrital de Saúde Indígena no Estado.

Moro era lotado no gabinete da ex-vice-governadora Rose Modesto, eleita a deputada federal mais votada de Mato Grosso do Sul pelo PSDB no período em ela comandou a Sedhast (Secretaria de Direitos Humanos e Ação Social) do Estado e vai substituir o indígena Fernando da Silva Souza, que ocupou a chefia da Sesai sob as bênçãos do deputado federal derrotado Geraldo Resende.

Reação

Após a escolha de Elcidio Moro para a pasta, o Movimento Indígena de Mato Grosso do Sul encaminhou carta aberta ao ministro Mandetta, onde considera que “o Sr. Élcio não tem em seu currículo nenhuma formação na área de saúde ou experiência com os povos indígenas” e cita que o ato de nomeação dele para substituir Fernando “traz grande prejuízo a população do estado, que hoje somam aproximadamente 80.000 indígenas”.

“Mandetta nomeou um historiador ligado ao governo de Bolsonaro, para gestar a saúde indígena em Mato Grosso do Sul, cargo que é do nosso grande companheiro de caminhada e de luta em defesa de uma saúde mais humana Fernando de Sousa. O movimento indígena de Mulheres Guarani e Kaiowá repudia a nomeação de um Bolsonarista para gestar a saúde indígena em MS. O ministro e o presidente soltou a raposa no galinheiro. Você não nos representa!”, reagiram também lideranças do movimento pelas redes sociais.