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Sempre é tempo de sonhar com algo melhor

24 dezembro 2019 - 13h49Por Julio Saldivar

Hoje acordei relembrando meus sonhos de criança, e é surpreendente o quanto eles permanecem vivo em minha memória. Essas festividades de final de um e começo de outro ano nos remete a reflexão sobre tudo que acontece em nossa vida, e acaba sendo inevitável vir a nossa mente as lembranças das coisas boas que vivemos em nossa infância.

Em uma época que nossa Dourados ainda também era um sonho de cidade, distante a quase mil quilômetros de Cuiabá, capital do então Estado de Mato Grosso, crescíamos em uma família maravilhosa, longe da riqueza material, mas ricos de talento para o trabalho e de tanta proteção, união, amor e carinho.

A chegada do natal era antecedida de uma expectativa enorme, pois já havia entre os treze irmãos Saldivar, filhos de Dom Ranulfo e Dona Joana, um preparativo para o encontro de toda a família na casa desses, geralmente também com a presença de amigos e vizinhos próximos, na sem asfalto (na época) Rua Benjamin Constant quase esquina com a antiga Rua São Paulo, hoje Antonio Emílio de Figueiredo. Não faltava fartura de alimentos e a musica paraguaya que embalava a felicidade, especialmente de meu avô e minha avó.

Dias antes já alimentávamos a expectativa com as roupas e sapatos novos e, obviamente, nos presentes que ganharíamos. E qualquer presente nos deixava felizes: A nós meninos uma bola, um carrinho de plástico daqueles grandes em formato de carros de corrida, ou de caminhões, Ônibus e outros. As meninas exibiam as bonecas, os joguinhos de panelas e utensílios de casa, tudo geralmente coisas simples e que estavam ao alcance de nossos pais comprarem no já crescente comércio da nossa Dourados.

Nesse ambiente produzíamos em nossa mente nossos sonhos. E eu, por exemplo, sonhava, até a fase da minha adolescência e início da juventude, que quando adulto seria em Engenheiro Civil, teria uma esposa linda, moraria em uma casa de tijolos (a maioria das casas na época, inclusive a que moramos em nossa infância, eram de madeira) e na garagem da minha casa um carro da marca Chevrolet, modelo Opala.
Os sonhos e a busca por realizações nunca acabam, vão se transformando com o decorrer do tempo e fases de nossa vida. Nossos filhos vivem um tempo muito diferente do nosso, porém com certeza a base para a construção de seus sonhos e expectativas de vida vem do exemplo e dos costumes familiares, como aconteceu conosco.

Dourados se transformou em uma grande cidade, o mundo e os valores se transformaram. Já não há mais aquela tranqüilidade que tínhamos de ir e vir, a confiança de ter um relacionamento mais próximo com vizinhos, e até mesmo a dificuldade de reunir toda a família para um encontro, mas não devemos deixar morrer a esperança de que é possível, mesmo com todas essas mudanças, construirmos um mundo onde a família continue sendo a base da existência e da construção de sonhos pessoais.

Natal é acima de tudo a festa pelo nascimento de Jesus. Ele vem ao mundo para pregar em todos os seus ensinamentos que o amor ao próximo, a compaixão, a fraternidade, a união e o perdão devem prevalecer sempre em nossas vidas. Nunca se esqueça e deixe de alimentar seus sonhos, não deixe nunca de acreditar em um mundo mais humano e melhor para todos. Feliz Natal um Novo Ano cheio de realizações.

* O autor é consultor empresarial

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