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Saúde

Jeferson Bezerra diz que vai retomar HU e acabar com Secretaria de Saúde e Funsaud

04 novembro 2020 - 11h34

O candidato a prefeito de Dourados, jornalista Jeferson Bezerra (PMN), defendeu a retomada do HU (Hospital Universitário) da Universidade Federal da Grande Dourados. "Vamos determinar a elaboração de estudos objetivando encaminhar o projeto de lei ao Legislativo propondo a revogação da cedência daquele prédio ao Ministério da Educação. Foi um erro gravíssimo cometido em 2007 pelo ex-prefeito Laerte Tetila, fazer aquela doação arbitrária, sendo que atualmente os douradenses usufruem apenas parcialmente das especialidades médicas e cirúrgicas oferecidas naquele espaço", explicou.

"Irei propor à Procuradoria Geral do Município a catalogação de todo patrimônio pertencente à Prefeitura de Dourados, o cancelamento da cedência de servidores municipais ao HU, até que sejam oferecidos pela União a maior contrapartida aos nossos cidadãos. Desejamos ter atendimentos de excelência nessa unidade hospitalar, e isso não está ocorrendo, temos notícias que a regulação sempre tem negado atendimentos, ou dificulta o acesso à consultas médicas no órgão, penso que caberá ao Município intermediar as soluções, sempre de maneira pacífica", mencionou.

Jeferson explica que deverá levar ao Parlamento a proposta pela extinção da Secretaria municipal de Saúde e da Funsaud, a Fundação Municipal de Saúde e Administração Hospitalar), setores que, segundo ele, sempre funcionaram como indutores da corrupção. "Criando a Superintendência da Atenção Básica, das Especialidades, da Urgência, da Emergência e Trauma, órgão ligado diretamente ao Gabinete do Prefeito e fiscalizado por um Conselho Municipal intersetorial, podemos instalar a sede desse órgão no prédio desse Hospital Universitário, este que por lei pertence aos douradenses, mas de maneira equivocada foi doado ao Governo Federal sem as devidas contrapartidas, que seria oferecer maior qualidade nos servidos do Sistema Único de Saúde", frisou.

O CASO

Em 2007, o então prefeito Laerte Tetila (PT) encaminhou projeto à Câmara de Vereadores propondo a incorporação do Hospital Universitário ao Governo Federal, através do Ministério da Educação, com o objetivo, explicado à época, de assegurar que esse prédio continuasse atendendo 100% SUS (Sistema Único de Saúde), consolidando no modelo acadêmico.

Nessa época, a teoria do PT (Partido dos Trabalhadores) e do governo Lula era priorizar a formação do hospital-escola, objetivando melhorar a qualidade do ensino aos universitários ligados aos cursos de saúde. "Há cinco anos almejávamos que o HU passasse a ser hospital-escola, o que poderia ampliar o oferecimento dos serviços médicos", disse à época.

Naquela ocasião, o reitor da Universidade Federal da Grande Dourados, Damião Duque de Farias, disse que, devido ao impasse sobre a formação dos profissionais de medicina, fazia-se necessário esta transição, pela otimização dos recursos financeiros e de pessoal. Damião anunciava ainda que com os investimentos na ordem de R$ 3 milhões que a UFGD repassou ao HU seria possível realizar os atendimentos de alta complexidade, como as cirurgias cardiovasculares.

Outra mudança estava relacionada a formação acadêmica, quando os estudantes da área de saúde poderiam ter formação completa em Dourados. De acordo com Damião, cerca de 50% dos universitários faziam residência médica em outros municípios. "Hoje todo o estado sofre com a falta de médicos porque a maioria dos universitários que deixam o Mato Grosso do Sul para estudar em outros estados acabam ficando por lá mesmo. Em Dourados, 50% dos acadêmicos nesta fase estão em Campo Grande. A tendência é a de que os estudantes da região e de Dourados permaneçam aqui", segundo reportagem daquele ano no site Dourados Agora. (Da assessoria)