Em razão da pandemia de Covid-19, a campanha será realizada apenas no âmbito interno da Cooperativa de Trabalho Médico
e através das redes sociais, chamando a atenção para o tipo de câncer que tem mais incidência em todo o Brasil
INSTITUCIONAL - A Unimed Dourados está participando da Campanha Dezembro Laranja, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia que nasceu em 2014 com o propósito de conscientizar as pessoas sobre os perigos dessa doença. “O problema é sério, tanto que o Brasil registra uma média de 180 mil novos casos de câncer de pele por ano, e a cada 4 novos casos de câncer, um está relacionado à esse tipo”, explica a médica oncologista Mariane Cândido Martins Carbonaro, coordenadora da Clínica de Oncologia da Unimed Dourados.
Ela ressalta que a Campanha Dezembro Laranja deste ano tem como desafio promover o debate entre todas as idades e traz como tema “Câncer de Pele é Coisa Séria e Deve ser Cuidado desde a Infância”. Em razão da pandemia de Covid-19, ela ressalta que a campanha deste ano será focada no público interno da Unimed e levada ao grande público através das redes sociais. “Queremos informar a população sobre as principais formas de prevenção e orientar a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento, já que quando descoberta no início essa doença tem mais de 90% de chances de cura”, ressalta Mariane Cândido.
Baseada em dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a médica oncologista alerta que os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas não melanoma responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano, enquanto o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente. “Os fatores de risco do câncer de pele nos casos não melanoma são exposição ao sol sem a devida proteção contra os raios UVA e UVB, enquanto nos melanomas também pesa o histórico familiar, pessoas com pele, olhos e cabelos claros, além de pessoas ruivas”, explica Mariane Candido.
A campanha Dezembro Laranja busca conscientizar as pessoas para os riscos da doença. Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele.
A melhor prevenção, além de educar as crianças para que elas tenham conhecimento da doença é mostrar, desde cedo, a necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 16h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.
A campanha alerta que a exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Qualquer pessoa pode desenvolver um câncer de pele, porém existem pessoas mais propensas como as de pele, cabelos e olhos claros; indivíduos com histórico familiar de câncer de pele; múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados.
Por outro lado, a médica oncologista Mariane Candido orienta que é preciso prestar a atenção em pintas, manchas ou sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. “As pessoas devem ficar atentas para pintas e manchas na pele, observando a assimetria, as bordas, a coloração, o diâmetro, se maior que seis milímetros, e a evolução da lesão”, explica. “Diante dos primeiros sinais, a pessoa deve procurar um dermatologista que fará os exames para diagnosticar a doença e encaminhará o paciente para tratamento.
SOBRE O CÂNCER DE PELE
O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura. Saiba mais sobre os tipos de câncer de pele mais comuns:
Carcinoma basocelular – É o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade.
Carcinoma espinocelular – É o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Geralmente causam dor e possuem sangramentos.
Câncer de pele melanoma – Apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave pois pode provocar metástase rapidamente – espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano – e levar à morte. É conhecido pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rápido. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.
