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Saúde

Secretário de Saúde adverte municípios para impedirem 'fura filas' na vacina da Covid

22 janeiro 2021 - 21h48

A Secretaria estadual de Saúde solicitou aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul que enviem a relação nominal dos vacinados contra Covid-19, com o objetivo de impedir que sejam imunizadas, nessa fase, pessoas que não pertencem aos públicos prioritários, os chamados popularmente de “fura filas”.

Nessa primeira fase estão sendo imunizados os idosos com mais de 60 anos que moram em instituições como casas de repouso, além de indígenas que moram em aldeias e trabalhadores da área da saúde que estão na linha de frente contra a pandemia de Covid-19.

O secretário Geraldo Resende destacou que os municípios precisam seguir as determinações do Ministério da Saúde em relação aos grupos prioritários que devem receber as doses do primeiro lote que foram distribuídos. “Eu dei um exemplo ao não ser vacinado. Eu poderia, por estar na linha de frente, por ser médico e ter comorbidades. Mas preferi mostrar à população que é importante respeitar a fila nesse momento”, disse.

A Secretaria de Saúde também solicitou que o MPE (Ministério Público Estadual) acompanhe a aplicação das doses pelos munícipios para impedir que se vacinem pessoas que não pertencem aos públicos prioritários. Mato Grosso do Sul recebeu o primeiro lote com 158 mil doses da vacina contra Covid-19 em 18 de janeiro.

De acordo com o Plano Estadual de Imunização, cada município precisa registrar a dose aplicada da vacina de forma individual e nominal para propiciar o reconhecimento do vacinado pelo CPF (Cadastro de Pessoa Física), ou o CNS (Cartão Nacional de Saúde), visando evitar duplicidade, e facilitando na identificação para investigação de Eventos Adversos Pós Vacinação, se for o caso.

Os registros das doses aplicadas deverão ser feitos pelos municípios no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (Novo SI-PNI - online) ou em um sistema próprio que interopere com ele, por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), segundo alerta da Secretaria de Saúde do Estado.

Mau exemplo

Em Nioaque, a aplicação irregular já virou alvo de investigação contra o próprio prefeito. Valdir Júnior, do PSDB e de 37 anos, admitiu ter passado à frente e sido imunizado durante vacinação na Aldeia Brejão. Como justificativa, afirmou que foi vacinado para incentivar a população indígena que estaria resistente. Ele foi denunciado por moradores da cidade e o caso agora está sob investigação.