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Saúde

Sucateado, setor de Saúde 'desmonta' estrutura de médicos em Dourados

28 abril 2021 - 15h47

A Prefeitura de Dourados não renovou o contrato de trabalho com o médico Ivan Akucevikius e a partir desta quarta-feira (28) a UBS (Unidade Básica de Saúde) que funciona na Seleta não vai mais contar com os préstimos do profissional em Pediatria. O aviso foi dado pelo próprio médico, em postagem nas redes sociais na noite desta terça (27), comunicando o desligamento.

“Não acho que seja um bom momento para encerrar contrato com profissionais de saúde, indiferente da classe ou formação, principalmente frente ao que temos vivenciado em toda extensão do nosso país continental, mas, enfim, são questões administrativas e minha parte se resume dentro de um consultório com uma grande maioria que ainda nem aprendeu a falar!”, postou o médico.

A demissão do doutor Ivan, como as famílias da região do Grande Flórida e de várias outras partes da cidade o chamavam, provocou várias manifestações também pelas redes sociais. “Senhor prefeito Alan Guedes, como assim??? Quando pensávamos que a saúde de Dourados não podia piorar, você vem com essa atitude inadmissível. Não foi para isso que a maioria da população o elegeu”, reagiu Wilza Fatah, via perfil no Facebook.

“Sem falar nos remédios, já tem uns três meses que não tem lá (na UBS Seleta)”, acrescentou Jucilene Pedroso.

Problema se alastra

As deficiências no setor de atendimento médico e de fornecimento de medicamentos e insumos se alastram por outras regiões da cidade.

Irene Lima Alencar, também pelo Facebook, reclama da falta de médico e dentista no posto de saúde do Jardim Piratininga. “Precisamos de médico com urgência”, cobra, no grupo ReclameAqui, da mesma forma que Neres Celia Pereira cita a deficiência do outro lado. “No Posto Izidro Pedroso sempre falta material para atendimento”, relata. No mesmo grupo social, Ivone Lucia completou: “Aqui no Quarto Plano só tem o clínico, atende crianças, adultos, idosos....”

A Secretaria de Saúde do Município ainda não se manifestou sobre as mudanças que estão sendo processadas em relação aos serviços médicos, que incluem a demissão de profissionais da PAI (Policlínica de Atendimento Infantil), unidade especializada de tratamento aos casos mais problemáticos envolvendo famílias especiais, cujo problema se arrasta há mais de seis meses.