Guardas municipais tiveram um trabalho extra na noite deste domingo (2), designados pelo Comando para suprir a falta de médicos por conta da incapacidade administrativa em definir o plantão de atendimento às pessoas que procuravam por um socorro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Dourados.
Durante toda a noite e parte da madrugada, mulheres com crianças menores de idade, idosos e outros que ainda não tinham conhecimento da inoperância do plantão de domingo, se deparavam com viaturas da Guarda Municipal, com o giroflex ligado e guardas armados na frente das Unidade médica.
Constrangedora. Essa foi a definição encontrada para mostrar o quadro da tragédia anunciada. Muita gente enviou mensagens ao DOURANEWS, questionando se quando a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde) elaborou a agenda do plantão, procedimento que costuma ser feito com um mês de antecedência, não houve essa previsão. “A UPA precisa de médicos, não de Polícia”, disse um dos que procuravam por atendimento no final da noite.
“O Alan [Guedes, prefeito] encheu o Gabinete de Assessores Especiais, ganhando salário de secretário, e não conseguiu escalar nenhum desses novos ‘marajás’ para fazer um raio-x da situação da Saúde; ao menos no final de semana depois do feriado deveria ter tido a competência de remanejar alguns para dar o plantão”, reagiu um internauta.
A falta de médicos, justificada pelo encerramento de contratos temporários e a impossibilidade administrativa de renovação, soma-se à quase desativação da clínica médica especializada no atendimento às famílias atípicas no espaço da PAI (Policlínica de Atendimento Infantil), enfrentando crise de pessoal desde a virada do ano.
