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Saúde

Médicos, vice-prefeito e vereador ‘tapam buracos’ para evitar tragédia maior na UPA

15 maio 2021 - 17h11

O vice-prefeito Luis Augusto Moreira (PL), o Dr Guto e o vereador Diogo Castilho (DEM), o Dr Diogo, foram acionados, voluntariamente, na noite desta sexta-feira (14) para prevenir a ocorrência de nova situação de caos já antevista por conta da incompetência da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados) em definir o preenchimento da escala de plantão médico para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) local.

No final de semana passada, a direção da Fundação optou por um comunicado, tão lacônico quanto o primeiro, do começo do mês, de poucas linhas, para informar que o público que necessitasse de atendimento poderia procurar a UPA, tranquilamente, porque o plantão estava garantido. Ainda assim, apenas um dos seis médicos exigidos para o turno noturno se apresentaram ao expediente.

No feriado do começo do mês, tentando justificar a falta de gestão que toma conta do setor e, por extensão, da administração do Município nesses quatro meses e meio de mandato do prefeito Alan Guedes, a Funsaud emitiu aviso curto, recomendando “ais cidadãos que precisarem de atendimento médico de urgência e emergência neste domingo (2)”, que procurassem o Hospital da Vida “e não a UPA”.

As pessoas internadas na UPA ainda tiveram que ser removidas, em comboio de ambulâncias que envolveu viaturas do Samu, do Corpo de Bombeiros e até da concessionária CCR MSVias, responsável pelo trecho da BR 163 que corta o Município, para serem atendidas pela equipe do Hospital da Vida.

Enquanto isso, nem o prefeito e nem o técnico em enfermagem Edvan Marcelo Morais, que responde interinamente pela Secretaria municipal de Saúde, se manifestam sobre a situação. A Prefeitura foi eficiente, contudo, em divulgar informativo de que o secretário estadual de Saúde veio formalizar o protocolo de intenção para equipar o prédio do recém inaugurado HMC (Hospital da Mulher e da Criança) com 10 leitos de UTI com parte da estrutura removida do HU (Hospital Universitário) da UFGD.

Como o DOURANEWS já alertou no começo deste mês, a Prefeitura sabia que não teria médicos para atender o tempo necessário, preferiu encurtar o problema e fechou a UPA na noite do primeiro domingo de maio e fez vistas grossas à deficiência anunciada para o final de semana de 14 a 16 de maio, como ocorre neste final de semana. Quiçá houvessem mais profissionais de saúde, com mandato, dispostos a emprestar cota de contribuição até que o efetivo médico possa se recuperar e retomar as atividades no expediente diário normal.