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Saúde

Alan Guedes transforma clínica em extensão da UPA e precariza assistência infantil

12 junho 2021 - 14h27

A estrutura física da PAI (Policlínica de Atendimento Infantil) será cedida ‘temporariamente’ para a UPA, por motivos de emergência de saúde pública, devido à Covid-19. A confirmação foi feita pelo secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica, Henrique Sartori, o ‘número 1’ do prefeito Alan Guedes (Progressistas) a representantes de pais atípicos, preocupados com a desativação do local.

De acordo com informações obtidas pelo DOURANEWS, a Prefeitura ainda não conseguiu viabilizar uma estrutura para instalação de um ‘hospital de campanha’, visando enfrentar o avanço descontrolado dos casos da pandemia mundial no Município. Relutante quanto às propostas recebidas, optou por desativar o atendimento infantil da Policlínica para criar uma extensão da UPA na ação contra o coronavírus.

Sem coordenação médica desde março, e desestruturada por conta do rompimento de contrato com profissionais, a PAI (Policlínica de Atendimento Infantil) ‘Flamarion Capilé’ enfrenta grave crise, reflexo do caos na Saúde Pública do Município, conforme denúncias na Câmara de Vereadores de Dourados.

Além da falta de recurso humano, a unidade precisa de reparos. A parede do banheiro feminino, por exemplo, está danificada pela infiltração e ‘tomada’ pelo mofo, como constatou o vereador Diogo Castilho (DEM) em visita ao local. Há cadeiras odontológicas que necessitam de reparos e algumas nem sequer foram instaladas. “É um investimento que o poder público fez na PAI, que possivelmente está parado por falta de uma gestão municipal mais eficiente”, justificou, em requerimento endereçado ao prefeito Alan Guedes (PP), onde solicita a contratação de profissionais, reforma de duas cadeiras odontológicas e instalação, manutenção dos equipamentos de ar-condicionado, compra de máscaras hospitalares, entre outras melhorias para evitar o contágio pela Covid-19.

Ainda de acordo com o secretário Henrique Sartori, os serviços que hoje são oferecidos na PAI vão continuar sendo ofertados na infraestrutura do PAM, “por três a seis meses, aproximadamente”, conforme estimou o secretário em contato com representantes das famílias que mais se utilizam do serviço e que hoje estão tendo que arcar com custos variáveis, de R$ 400 a R$ 700, por uma consulta médica. “Nenhum usuário deixará de ser atendido”, prometeu o ‘número 1’ do prefeito Alan Guedes.

A Policlínica foi inaugurada em 2017, para atender mensalmente centenas de crianças e adolescentes, mas desde o segundo semestre de 2020 já não havia mais neuropediatra, afetando diretamente o atendimento da rotina de procedimentos que envolve crianças com problemas relacionados.