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Saúde

Indiciados da operação "Uragano" participam de reunião para fiscalizar recursos do SUS

20 setembro 2010 - 12h13Por Redação Douranews

A proposta de formação de um colegiado de gestão participativa operacional, com a função de fiscalizar os recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) que são repassados mensalmente pela Prefeitura de Dourados ao Hospital Evangélico através de convênio para custeio do Hospital da Vida e da Mulher, já encontra resistência de alguns segmentos ligados ao setor de Saúde Pública.

Após as denúncias de desvios de recursos do convênio com o HE para atendimento de pacientes do SUS, a criação do colegiado para acompanhar os atos decisórios da gestão dos recursos foi a proposta apresentada para solucionar o problema de qualidade no atendimento, porém a manutenção de alguns membros do próprio HE, investigados após terem sido presos na operação “Uragano” (furacão, em italiano) da Polícia Federal, incomoda o setor.

O superintendente Marco Aurélio Camargo Areias, que chegou a ser preso e está indiciado pelo MPE (Ministério Público Estadual) sob suspeita de participar da distribuição de propinas com as quais o prefeito afastado Ari Artuzi sustentava as demandas de alguns vereadores, participou da reunião para criar o colegiado, no gabinete do prefeito interino. Também o diretor do Evangélico, Eliezer Branquinho, foi indiciado, embora não tenha sido preso. Ele chegou a dizer ao Douranews que as denúncias formuladas pelo secretário Eleandro Passaia “são mentirosas”.

O prefeito interino Eduardo Rocha ainda não definiu como seria o funcionamento do colegiado, mas pretende envolver, além do secretário de Saúde, Mário Eduardo Rocha, representantes do Ministério Público e do Conselho Administrativo do Hospital Evangélico.  O presidente do Conselho do HE, Abel Ferreira de Almeida, disse que o hospital está fazendo uma investigação interna sobre as denúncias de irregularidades e que, se comprovadas, os culpados serão punidos.