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ONU pede agilidade sobre negociação do novo acordo do clima

30 junho 2015 - 13h35Por Do G1/Douranews

A ONU alertou que as negociações para conseguir um acordo global contra a mudança climática até o fim deste ano avançam de forma lenta e reivindicou aos líderes internacionais que se envolvam pessoamente para acelerá-las.

"O progresso nas negociações é lento demais. Vai a um ritmo de caracol", advertiu o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, na abertura de um encontro de alto nível sobre clima, realizado na última segunda-feira (29), a cinco meses da reunião de Paris, a COP 21.

Ban chamou os chefes de Estado e do governo de todo o mundo a dar de forma urgente uma clara "direção política" a seus negociadores para permitir que o processo se acelere e que o acordo seja possível. "Se fracassarmos, estaremos condenando nossos filhos e netos a um caos climático", avisou o diplomata coreano.

Apesar da lentidão das negociações, Ban mostrou um pouco de otimismo e listou uma série de avanços que deveriam ajudar no possível êxito da Conferência das Partes do Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudança Climática de dezembro.

Apoio das potências
Entre eles, Ban destacou a aposta das três maiores economias do mundo, Estados Unidos, União Europeia e China, por um desenvolvimento baixo em emissões, o aumento do uso das energias limpas e as demandas dos cidadãos e de líderes como o papa Francisco.

"Em muitos sentidos, as estrelas estão alinhadas como nunca antes", assegurou o chefe das Nações Unidas, que lembrou que um acordo em Paris não será final, mas pode ser um "ponto de inflexão".

"Peço que acelerem o ritmo e elevem a ambição conforme vai se aproximando a conferência de dezembro", disse Ban aos representes nacionais presentes na reunião, entre eles um bom número de ministros.

Na mesma linha, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Sam Kutesa, ressaltou que neste ano o mundo tem "uma oportunidade única para atuar de forma coletiva e responder ao problema mais urgente de nosso tempo".

"Juntos, não devemos poupar nenhum esforço para conseguir um acordo vinculativo equilibrado e universal em dezembro que promova o desenvolvimento sustentável e preserve nosso planeta", disse Kutesa.

Apesar de ter apresentado um plano de metas para cortar as emissões de gases-estufa nos Estados Unidos, o governo de Barack Obama sofreu uma derrota na Suprema Corte.

Por cinco votos a favor e quatro contra, os juízes invalidaram a legislação de emissões da Agência de Proteção Ambiental (EPA), que limitava as emissões de usinas termoelétricas, movidas a carvão, por considerar que a norma não levava em conta o custo que isso representaria para as empresas.

A nova legislação, aprovada em 2011 e em vigor desde abril, limitava pela primeira vez as emissões de mercúrio, arsênico e gases ácidos das usinas térmicas que utilizam o carvão. A indústria energética americana criticava a regulamentação por ser uma das mais onerosas já impostas ao setor.

Desde que entraram em vigor as novas normas, a maioria das termelétricas fecharam ou adaptaram suas instalações para ficar em dia com os requerimentos.

A agência ambiental estimava que a regulação custaria US$ 9,6 bilhões e criaria entre US$ 37 bilhões e US$ 90 bilhões em benefícios no longo prazo, além de prevenir 11 mil mortes prematuras e 130 mil casos anuais de asma.