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Polícia

Relatório diz que agentes facilitaram rebelião sangrenta no PR

26 outubro 2014 - 17h30Por Redação Douranews

Relatório elaborado pela Secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná apurou que, entre as possíveis causas da mais sangrenta rebelião registrada no Estado (com cinco mortos), nos últimos anos, teve destaque a omissão de agentes que teriam ajudado detentos da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) com serras que facilitaram a derrubar as portas no motim do dia 24 de agosto. 

O Estado determinou a abertura de um PAD (Processo Administrativo Disciplinar) contra os ex-diretores da PEC, Edson Pereira de Souza e André Luiz Romera, além dos agentes penitenciários André Juliano Mendes, Gilberto Rodrigo de Moraes, Márcio Mostácio, Orly Gonzatto, Alysson de Paula Hofmann Oliveira, Alexandre Augusto Olmedo, Evandro Paulo Formigueiri, Anderson Roberto Brina Panato e Laércio Leite, apontados no relatório por algum tipo de irregularidade.

De acordo com a Secretaria, os ex-diretores da PEC foram omissos por não comunicar à direção do Depen (Departamento Penitenciário) de que os agentes trabalhavam apenas de três a quatro horas no período noturno e dormiam nas outras horas prejudicando a segurança da unidade. Além disso, eles concediam folgas em número superior às regulares a alguns agentes.

Conforme o relatório, a direção, em conjunto com os agentes André Juliano Mendes, Gilberto Rodrigo de Moraes e Márcio Mostácios, implantou na PEC um regime disciplinar diferenciado a presos alojados na 9ª galeria do Bloco 3, ou seja, permitiu-se que os presos mais vulneráveis (“de seguro”), permanecessem alojados próximos ao presos considerados mais perigosos e que recebiam o tratamento disciplinar diferenciado, fragilizando a segurança dos primeiros.

O relatório também acusa a ex-direção por ser omissa ao deixar de adotar medidas preventivas ou reforçar a segurança, quando recebeu informes de que os presos estariam se preparando para uma rebelião.

O documento é assinado pela secretária estadual de Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, e foi publicado quinta-feira (23) no Diário Oficial do estado. Os acusados têm garantido o direito a ampla defesa durante o processo administrativo disciplinar.

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