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Política

Brasil e Colômbia assinam oito acordos de cooperação

09 outubro 2015 - 20h39Por Do G1/Douranews

Representantes dos governos do Brasil e da Colômbia assinnaram nesta sexta-feira (9), durante a visita de Estado da presidente Dilma Rousseff ao país, oito acordos de cooperação em áreas como comércio, tecnologia da informação, pesquisa e desenvolvimento agrário.

Dilma chegou ao país durante a madrugada e, ao longo desta sexta, cumpre uma série de compromissos. Na agenda de Dilma estão previstas participações na sessão solene da Corte Suprema de Justiça da Colômbia e em um seminário organizado por empresários brasileiros e colombianos, além de encontro com os presidentes das casas legislativas no Congresso da República.

Mais cedo, a presidente se reuniu com empresários em um hotel de Bogotá e, na sequência, se reuniu com Juan Manuel Santos na Casa de Nariño, sede do governo colombiano, onde foi recebida com honras de chefe de Estado.

Após o encontro, ela fez pronunciamento à imprensa no qual disse que o Brasil tem interesse “imenso” em cooperar com a Colômbia no Plano Nacional de Agricultura e no processo de paz do país. Ela disse, porém, que cada país tem “suas características e concepções”.

“E nós temos de acreditar na convergência maior entre nós baseada nos princípios democráticos, buscando soluções pacíficas para as divergências”, declarou.

Veja a lista dos acordos assinados nesta sexta entre o Brasil e a Colômbia:

- Ato sobre assuntos indígenas e de fronteiras - Ato sobre pesquisas conjuntas - Ato sobre desenvolvimento agrário - Ato sobre facilitação no comércio - Protocolo sobre o acordo 59 - Acordo de cooperação em tecnologia da informação - Acordo sobre implementação do projeto de integração sobre região de fronteiras em Tabatinga (AM) - Declaração conjunta sobre desenvolvimento sustentável.

Acordo de Complementação Econômica 59
Um dos documentos assinados trata do Acordo de Complementação Econômica 59, que prevê taxa zero para importações. Firmado em 2005 entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela), Colômbia e Equador, esse acordo determina a redução a zero, de forma escalonada, das tarifas de importação de um lista de produtos comercializados entre os países que assinaram o documento.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o acordo de redução de alíquotas cobre 80% dos produtos brasileiros que são exportados para a Colômbia. A maior parte dessas mercadorias é de itens industrializados, como automóveis, chassis de veículos, pneus para ônibus e caminhões, semimanufaturados de ferro e aço e, também, produtos químicos.

Encontro com empresários
Antes de participar da cerimônia de assinatura de atos ao lado do presidente colombiano Juan Manuel Santos, Dilma discursou em uma reunião com lideranças empresariais. No evento, ela disse que o fluxo comercial entre os dois países está “aquém do seu potencial” – no ano passado, ficou em US$ 4,1 bilhões.

“Nós estamos aqui na Colômbia porque consideramos que a Colômbia é um dos países que mais crescem, que mais ganham estatura na América do Sul. E o Brasil, eu estava dizendo, tem uma relação com a Colômbia aquém do seu potencial. E conto com os senhores para que nossas relações estejam além do nosso potencial, ou seja, que nós sejamos capazes de construir um caminho no qual tanto os interesses da Colômbia quanto do Brasil sejam contemplados”, disse a presidente.

Relações comerciais
Após o encontro com Dilma, o presidente Juan Manuel Santos também fez pronunciamento à imprensa na Casa Nariño. Em seu discurso, assim como a colega brasileira, Santos disse considerar que o fluxo comercial entre os dois países pode ser maior.

“[Durante a reunião] tratamos do tema comercial, que tanto nos interessa em momentos de dificuldade econômica mundial, e faremos tudo o que pudermos para intensificar a integração comercial entre o Brasil e a Colômbia, algo muito importante porque o comércio foi de US$ 4,1 bilhões e o potencial para incrementá-lo é enorme”, disse.

Santos declarou também ser “muito importante” para a Colômbia firmar parcerias com o Brasil na área da agricultura porque metade do país se desenvolve sob essa atividade econômica. “E se há um país que fez essa coisa bem, em matéria de agroindústria e de agricultura familiar, esse país é o Brasil”, acrescentou.

 

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