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Agronegócio

Bom preço do gado contrasta com custo de produção, diz Famasul

24 outubro 2014 - 20h48Por Redação Douranews

Mesmo com a arroba do boi gordo acumulando uma alta de 15,6% de janeiro a setembro deste ano, quando saltou de R$ 106,5 para R$ 123,1, e agora superando a R$ 125, conforme informa a Secretaria estadual de Fazenda, os pecuaristas de Mato Grosso do Sul que trabalham com o sistema de recria e engorda estão com margens apertadas em razão do aumento, no mesmo período, do custo de produção em 15,4%.

Para a gestora do Departamento Econômico da Famasul, Adriana Mascarenhas, o aumento do custo operacional efetivo (o COE), indicador do Cepea que mede os gastos do segmento, está relacionado, entre outros fatores, ao aumento no valor do bezerro.

"O preço do bovino de reposição teve média de R$ 1.052 a cabeça no mês de setembro, 21,7% a mais que no início do ano, com isso, os gastos com insumos de reprodução, ou seja, sêmen, produtos para inseminação artificial e controle de cio, entre outros, foram os que mais pesaram no bolso do produtor".

Segundo a economista, não há projeção de que o cenário se altere nos próximos meses. "A margem do criador que trabalha no sistema de recria e engorda continuará estreita, devido ao valor do bezerro que não tem estimativa de queda até o final do ano. Não há tendência de redução para o curto prazo", enfatiza Adriana.

Para o diretor secretário da Famasul, Ruy Fachini, a única alternativa para o produtor sul-mato-grossense aproveitar o bom momento da pecuária, em que os preços do boi gordo apresentam recordes históricos, é não descuidar da gestão financeira da propriedade.

"Não há outro caminho a não ser a elaboração de uma detalhada planilha de custos e o monitoramento de mercado na hora de negociar. Em cada item de compra é preciso uma pesquisa de mercado para adquirir insumos com a melhor relação custo/benefício", recomenda.