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Avanço da leishmaniose preocupa Saúde em Dourados

22 julho 2014 - 20h30Por Redação Douranews

A Prefeitura de Dourados criou uma equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) para percorrer os bairros, principalmente os que já tiveram casos em humanos e cães infectados, especificamente para a prevenção da leishmaniose na cidade. 

Essa operação consiste de uma ação educativa de orientação sobre os cuidados necessários para evitar a doença, detecção de sintomas em animais infectados, coleta de sangue para exame comprobatório, colocação de armadilhas para identificação da presença da fêmea do flebotomíneo [o mosquito transmissor da doença], entre outros cuidados.

Além disso, há aplicação de inseticida na área interna e externa dos domicílios. “Diferente da dengue, neste caso é preciso arrastar os móveis da casa, por exemplo, mas os agentes ajudam para que tudo ocorra com tranquilidade”, explica a coordenadora do CCZ Rosana Alexandre da Silva.

Semelhante ao que antes era realizado conforme protocolo do Ministério da Saúde somente para bairros e regiões em que haviam casos confirmados, esse trabalho agora faz parte de uma ação específica e de rotina do CZZ. “Queremos controlar o volume de casos registrados no município, para isso além de fazer nossa parte, precisamos ainda contar com o apoio da população”, destacou Rosana.

Outra ação também foi adotada no combate à leishmaniose. Os agentes que já visitam os domicílios para combater a dengue e outras verificações em toda a cidade diariamente também incluíram a leishmaniose como prioridade nas orientações aos moradores.

“Eles já faziam esse tipo de orientação e verificação, mas geralmente era em casas com cães ou que tinham chances de atrair o mosquito transmissor da doença. Agora, assim como a dengue, todos recebem orientações em relação à leishmaniose. Ninguém está livre, então a população precisa estar bem orientada”, destacou a coordenadora.

Casos

Já foram feitos neste ano exames em 1.879 animais e 391 casos foram considerados positivos. Apesar de a doença ser mais comum em cães, tem aumentado os casos em humanos, o que exige esse reforço por parte da Secretaria de Saúde.  

Quatro casos foram registrados em pessoas desde janeiro, nos bairros Jardim Santa Maria, Jardim Independência e Estrela Verá. Todas estas localidades já receberam trabalho intenso de prevenção. No ano passado, um morador do BNH 4º Plano contraiu a leishmaniose e morreu em decorrência da doença. Em 2012 foram dois casos, nos bairros Canaã III e Vila Lili, e ambos os infectados conseguiram a cura.

A transmissão da leishmaniose acontece quando fêmeas de insetos flebotomíneos infectados picam cães ou outros animais infectados e depois picam as pessoas, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi. Para animais a única saída é a eutanásia, já para os humanos existe cura através do uso de medicamentos, segundo a Prefeitura.

Prevenção

A melhor estratégia de prevenção é adotar práticas de higiene frequente nos quintais e abrigos de animais. A aplicação de inseticidas ajuda, mas é eficaz apenas para o mosquito adulto, por isso devem ser aliadas a outras ações diárias.

Para evitar que mais focos do mosquito sejam criados é importante que os moradores façam limpeza periódica nos quintais, retirada de matérias orgânicos em decomposição, como é o caso de folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo propícia para o desenvolvimento do flebotomíneo.