A Coordenadoria Estadual de Controle de Vetores da SES (Secretaria estadual de Saúde) acompanha de perto a informação de que há mais uma suspeita de infecção pela febre chikingunya em Campo Grande. O primeiro caso da doença na Capital foi confirmado pela Sesau (Secretaria municipal de Saúde) na sexta-feira (17) e nesta terça-feira (21) surgiu a notificação do quarto caso.
“O que preocupa é a intensidade da chikungunya, ela pode levar até três anos de desconforto para a pessoa que a contrai”, afirmou o coordenador estadual Gilmar Cipriano Ribeiro, que monitora pessoalmente essa situação. Ele estará amanhã (22) em Deodápolis, onde também surgiu uma suspeita da febre, envolvendo um homem que saiu de Campo Grande no dia 6 de setembro e teria assimilado os sintomas no final do mês, na região.
De acordo com Gilmar Ribeiro, a febre chikungunya se manifesta em três faixas: aguda, subaguda e na fase crônica. “Pelo que observamos, esse caso de Deodápolis estaria ainda na fase aguda, onde o paciente tem menos dores”, afirmou. A população mais vulnerável à ação dos mosquitos Aedes aegypti [o mesmo que transmite a dengue] e ao Aedes albopictus [ambos já foram encontrados em Mato Grosso do Sul] são idosos, geralmente portadores de algum outro tipo de moléstia, ou dependentes químicos. “E, em razão da prolongada ação, a febre chikungunya, por exemplo, pode evoluir para quadros de reumatismo, pneumonia e exigir maior atenção com esse paciente”, avalia o coordenador.
Os cuidados com a febre são os mesmos adotados contra a dengue. A limpeza de quintais, evitar criadouros de mosquitos e estar sempre alerta são algumas das orientações do coordenador de vetores. A Secretaria de Saúde já elaborou o plano de contingência com o intuito de alertar a população sul-mato-grossense.
Dengue
Enquanto se preocupa com a nova febre, a Coordenadoria, porém, não pode se descuidar da dengue. Gilmar está acompanhando uma suspeita de óbito por dengue, ocorrida em Dourados na semana passada, de uma criança moradora em Itaquiraí. A Secretaria de Saúde aguarda resultado dos exames ao Lacen (Laboratório Central).
De acordo com o mais recente levantamento dos dados de dengue notificados no Estado, na semana de 28 de setembro a 4 de outubro deste ano haviam sido registradas 49 notificações. No Estado, ao longo do ano, já somam 7.881 os casos suspeitos.
