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Saúde

Na Capital, médico procura polícia por falta de profissionais em UBS

01 agosto 2015 - 16h57Por Do G1/Douranews

O médico Rufo Antônio de Souza procurou a Polícia Civil na manhã da última sexta-feira (31) para denunciar a falta de profissionais em plantão no Centro Regional de Saúde (CRS) Guanandi, em Campo Grande.De acordo com o clínico geral, não havia médicos para assumir o plantão após o encerramento da escala dele.

À TV Morena, a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) informou que o problema foi resolvido antes das 8h30 (de MS). O remanejamento de médicos plantonistas pode ser feito em caráter emergencial e sem prejuízo ao atendimento público, de acordo com a necessidade da Rede Municipal de Saúde Pública (Remus).

O médico disse que deveria haver cinco clínicos gerais em atendimento. “Não havia médicos escalados pra assumir o plantão a partir das 7h. Deveria haver aqui cinco clínicos trabalhando e não havia clínico nenhum”, reclamou Souza.

Souza permaneceu no CRS mesmo havendo outro plantão na Unidade Básica de Saúde (UBS) Coronel Antonino. Por recomendação do Conselho Regional de Medicina (CRM-MS) um médico não pode ir embora se não houver outro profissional para substituí-lo.

“Existe um parecer do Conselho Regional de Medicina aonde o médico não pode abandonar o plantão sem ter outro responsável se responsabilizando por ele. Isso fere a ética médica”, explicou o profissional.

Souza afirma que pode ter ferido a ética médica, já que não compareceu ao outro plantão. “Eu estava incorrendo também numa falha da ética médica, porque eu saio daqui e vou assumir o meu ambulatório. De um lado, eu salvei minha ética médica no pronto-socorro, mas ao mesmo tempo, eu falhei na minha ética porque eu faltei no meu serviço”, ressaltou.

O médico resolveu registrar um boletim de ocorrência para garantir a imparcialidade. “Quem fica na linha de frente, atendendo os pacientes, correndo inclusive risco de vida, porque volta e meia há agressões por parte de pacientes, somos nós médicos. Então, acho que a minha integridade devia ser preservada e eu fiz um boletim de ocorrência”, explicou Souza.

O caso foi registrado como preservação de direito na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) da Vila Piratininga.