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Agronegócio

Pesquisador da Embrapa aborda impactos para a cana-de-açúcar neste inverno

29 junho 2021 - 15h23

O pesquisador Claudio lazzarotto, da Embrapa Agropecuária Oeste em Dourados, considerou que o período de La Niña “causou grande prejuízos”, como iniciou a palestra “Inverno 2021: o que temos de previsão?”, realizada como parte do 6º Ciclo de Seminários Agrícolas Cana MS, no dia 24 de junho. Prejuízo por falta de chuvas e La Niña é um evento normal, mas a intensidade este ano foi um pouco maior.

“Houve prejuízo muito maior nas lavouras de grãos do que na de cana-de-açúcar, mas logicamente faltou água para o desenvolvimento, para o plantio para todos os processos fisiológicos da cana também. A única atividade favorecida foi a colheita, porque essa não parou”, disse.

“O La Niña já não é um fenômeno mais preocupante, já passou. Tivemos o retorno das chuvas no início de junho que proporcionou condições ambientais melhores para a lavoura”, definiu o pesquisador.

No final do ano, contudo, os meses de novembro, dezembro e janeiro registrou um rápido impacto da La Niña novamente. “Mas isso é muito pequeno, é só uma ressurgência. A gente não precisa se preocupar, sem alteração maior de temperatura e de chuvas”, afirmou Lazzarotto.

A normalidade de chuva que se espera é que chova cerca de 60mm em julho e cerca de 50mm em agosto, mas com as chuvas iniciando na segunda quinzena de setembro. “A análise da temperatura do La Niña nos diz muita coisa”.

As temperaturas máximas frequentemente acima de 30º C. As temperaturas mínimas, na primavera e verão, mantiveram-se acima dos 20º C. “Isso significa que, apesar de estarmos no La Niña, estávamos em uma normalidade climática para o La Niña”.

Um aspecto positivo é que em abril, maio e junho deste ano houve queda nas temperaturas mínimas. “Isso sinaliza que não deveremos ter julho, agosto e setembro com frio extremo”, disse o pesquisador.

Outra informação que traz tranquilidade, relacionada à temperatura, vem do Serviço Nacional de Meteorologia da Argentina, onde não haverá frios intensos, o que reduz a chance de chegar o frio extremo no Brasil. Frio dentro da normalidade. “Dependemos da informação da Argentina, porque nossas massas de ar frio passam pela Argentina e Uruguai”, considerou. (Sílvia Zoche Borges, da Embrapa Agropecuária Oeste, com a colaboração de Eliane dos Santos, Comunicação Biosul)

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