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Black Friday toma conta do país: momento de aproveitar as ofertas

25 novembro 2016 - 12h43

Lojas cheias, vendas a todo vapor e muitas negociações na internet. Essas são as principais características da Black Friday, data em que o comércio oferece produtos com descontos aos consumidores. Desde 2011, quando desembarcou no Brasil, o evento ganha força ano após ano.

Nesta edição, não será diferente. Somente hoje, no comércio eletrônico — o e-commerce —, a Blackfriday.com.br, empresa organizadora, prevê um faturamento de R$ 2 bilhões. O valor é 33,3% maior em relação ao ano anterior. Considerado o volume acumulado nesse período de seis anos, incluindo a projeção para 2016, o montante chega a R$ 5,11 bilhões. É, disparado, o melhor dia para o varejo digital.

Tamanha é a expressividade da Black Friday que, em 2015, apenas na data do evento, o comércio eletrônico vendeu sete vezes mais em relação a uma sexta-feira comum, aponta a Cielo, empresa de meios de pagamento.

Embora não hajam muitos dados para o dia no varejo físico, lojistas asseguram que as vendas disparam. Principalmente em um cenário de crise econômica, hoje é um dia em que os varejistas estão apostando as fichas para reverter a queda nas vendas.

Em um país com um mercado consumidor crescente, como o e-commerce — que mantém um crescimento anual médio de dois dígitos há duas décadas —, faz sentido a Black Friday ser um sucesso. É a ocasião perfeita para os varejistas desovarem os estoques e preparem as lojas para o Natal. A ideia foi importada dos Estados Unidos, onde as ofertas de mercadorias ultrapassam 50% do valor normal. No Brasil, as promoções vão de, no mínimo 20%, a 80%.

No calendário

Há muitas hipóteses de como o evento se consolidou nos Estados Unidos. A mais aceita é de que a data surgiu em 2005, quando a polícia de Filadélfia apelidou a quarta sexta-feira de novembro daquele ano de Black Friday, depois de um tumultuado dia de vendas após o feriado de Ação de Graças. No Brasil, a data passou a ser incluída no calendário comercial pelo enorme potencial de negociações.

Em território brasileiro, a data foi inicialmente implementada no e-commerce, mas a apropriação pelo varejo físico é um movimento que vem ganhando força. Nas duas vertentes do comércio, a expectativa é que o evento tenha vida-longa no Brasil, beneficiando mutuamente a empresas e consumidores, avalia o diretor da Blackfriday.com.br, Ricardo Bove. “É um crescimento que tende a continuar, sem sombra de dúvidas”, avalia.

Para Bove, tamanho sucesso tem duas explicações: preço e cultura. Como a data é a grande oportunidade para liquidação de estoques, os varejistas oferecem produtos a custos menores, efeito que naturalmente agrada aos consumidores. Já a cultura tem a ver com a novidade de o comércio ter uma nova vitrine para vendas volumosas.

“No Brasil, tinham poucas datas que reunisse grandes vendas. Haviam algumas, como saldões, volta às aulas, e ações específicas de montadoras e grandes varejistas que faziam uma data própria de grandes promoções. Mas nada que congregasse tudo no calendário nacional, incluindo negociações no e-commerce e nas lojas físicas”, analisa.

Outra avaliação do mercado é de que a própria superação de problemas em edições anteriores ajuda a explicar o sucesso que a Black Friday terá este ano e tende a manter. Diferente de 2011, quando a adesão às compras na data foi imensa e os varejistas não estavam preparados para atender à imensa demanda, os lojistas, agora, estão mais aptos a lidar com a data, pondera Bove. “Hoje, as empresas estarão com estoques condizentes para atender o tamanho da ação”, afirma.

A mesma maturação também veio dos consumidores, avalia Bove. Para ele, os compradores estão melhor preparados. “Muitos já sabem que não são todos os produtos que ficam em promoção. Sabem pesquisar, comparar preços e utilizar as ferramentas disponíveis na internet para fazer a melhor compra. E, consequentemente, as reclamações são menores que há cinco anos”, diz.

douranews