O Brasil não pode ficar em silêncio diante de ameaças à liberdade de expressão. O alerta é do diretor para a América da organização Human Rights Watch, José Miguel Vivanco. Ele disse que o país deve permanecer vigilante durante a 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa.
A assembleia começou sexta-feira (12) e vai até amanhã (16), em São Paulo, onde reúne aproximadamente 600 jornalistas e empresários de comunicação de mais de 30 países. Eles debatem os problemas da profissão.
Vivanco ressaltou que o Brasil é um dos países mais influentes da OEA (Organização de Estados Americanos) e que seu silêncio “reforça a intenção de dirigentes de outros países, inimigos da liberdade de expressão”. Na avaliação dele, a América Latina vive um "período crítico e delicado para as liberdades dos povos e os direitos humanos".
"Certos governos da região têm tendências autocráticas claras, não respeitando as garantias democráticas”, destacou Vivanco, referindo-se aos países da Aliança Bolivariana da América (Alba): Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua e Equador.