Após abrir a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York, a presidente Dilma Rousseff desembarca por volta das 17h30 desta quarta-feira (26) em Brasília (DF). Dilma traz na bagagem a possibilidade de fechar novos acordos comerciais com a União Europeia e o interesse do Egito e de países árabes nos programas sociais brasileiros.
Nos bastidores da reunião dos líderes mundiais nos Estados Unidos, Dilma conversou rapidamente com o presidente egípcio, Mohamed Morsi, e falou dos principais programas sociais do governo federal. Morsi, que viria ao Brasil ainda nesta semana e teve de desmarcar o encontro, se interessou pelo tema, segundo a presidente.
— Foi uma conversa muito boa. [...] Consideramos uma relação muito importante, porque é um país importante, de tamanho médio, com problemas similares aos do Brasil. Estão interessados nas nossas políticas sociais, como Luz para Todos e Bolsa Família, no crédito agrícola.
Em entrevista coletiva, Dilma disse ainda que o presidente demonstrou interesse em aumentar as parcerias e o fluxo comercial com o Brasil. Para discutir novos acordos e conhecer os modelos de distribuição de renda brasileiros, o governo do Egito deve mandar representantes ao País, de acordo com a presidente brasileira.
— Nos comprometemos que eles enviem ao Brasil membros do governo egípcio tanto para a área econômica, como comercial e de desenvolvimento social. Marcamos um retorno para essa visita [de Mohamed Morsi] no ano que vem.
Medidas anticrise
Em conversa com jornalistas, Dilma também falou sobre os diálogos que teve com as autoridade europeias para estancar a crise que assola a União Europeia.
De acordo com a presidente, é necessário “buscar uma relação do Brasil com a União Europeia para melhorar nosso relacionamento, para concordarmos todos de que o mundo está em uma época de cadeias produtivas complementares”.
Para isso, ela sugeriu que os países do globo conversem e entendam que é preciso compartilhar a produção de determinadas mercadorias a fim de gerar renda para mais de uma nação.
— Temos que produzir no Brasil e, simultaneamente, produzir na Europa. O Brasil não é um País para aceitar só uma indústria montadora, é um país que quer parte da planta, uma parte da pesquisa tecnológica também. Isso não significa que uma parte da cadeia não pode estar em outro país. O que move uma economia é ter essa flexibilidade.