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Confirmadas 60 mortes após rebelião em presídio de Manaus

02 janeiro 2017 - 17h08

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, confirmou que pelo menos 60 presos que cumpriam pena no Compai (o Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus, foram mortos durante a rebelião que começou no início da tarde deste domingo (1) e só terminou no fim da manhã desta segunda (2), após mais de 17 horas de duração.

Fontes também confirmou que a chacina é resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a FDN (Família do Norte) e o PCC (Primeiro Comando da Capital), já espalhado pelo Brasil inteiro. Aliada ao CV (o Comando Vermelho), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas. Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa amazonense vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação.

Segundo o secretário de Segurança Pública, o estado, sozinho, não tem condições de controlar uma situação como essa. Durante a rebelião, agentes penitenciários da empresa terceirizada Umanizzare e 74 presos foram feitos reféns. Parte desses detentos foram assassinados e ao menos seis apenados foram decapitados. Corpos foram arremessados por sobre os muros do complexo, como divulga a Agência Brasil.