O governo do Espírito Santo trocou o comando da Polícia Militar e pediu o apoio do Exército, enquanto os policiais estão fora das ruas. Familiares de PMs protestam por melhores salários e impedem a saída de carros dos quartéis desde a manhã de sábado (4) na capital Vitória.
Em menos de um mês no cargo, o coronel Laércio Oliveira deixou o posto. Quem vai assumir a chefia da PM no estado é o coronel Nilton, informou o secretário de Segurança Pública do estado, André Garcia, na manhã desta segunda-feira (6), conforme divulga o G1.
A greve foi decretada ilegal pela Justiça e já foi determinado que os manifestantes saiam das portas dos quartéis. No entanto, os protestos ainda continuam, e a polícia não estava trabalhando até o meio-dia. As manifestações acontecem em toda a Região Metropolitana de Vitória, Guarapari, Linhares, Aracruz, Colatina e Piúma.
A falta de policiamento nas ruas vem provocando confusão e insegurança. Um ônibus foi incendiado, uma guarita da PM foi queimada e há relatos de arrastões e assaltos a lojas. A Prefeitura de Vitória suspendeu o início do ano letivo na rede municipal na manhã desta segunda-feira (6). As unidades de saúde da capital não funcionam, com exceção dos pronto-atendimentos da Praia do Suá e São Pedro.
Além de reajuste salarial, os familiares pedem o pagamento de auxílio-alimentação, adicional noturno, por periculosidade e insalubridade. Também são denunciados o sucateamento da frota e falta de perspectiva de carreira.
Familiares protestam no lugar dos policiais militares, que são proibidos pelo Código Penal Militar de fazer greve ou paralisação. A pena para o PM que participar em atos desse tipo pode chegar a dois anos de prisão.