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Brasil

Moraes é questiondo por Simone Tebet sobre demarcação de terras indígenas

22 fevereiro 2017 - 12h38Por Agência Senado

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que proíbe a ampliação de terras indígenas já demarcadas e transfere ao Congresso a decisão sobre novas demarcações, também foi lembrada pela senadora Simone Tebet (PMDB-MS) em seu questionamento a Alexandre de Moraes na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Para a senadora, a aprovação da PEC 215 no Senado por unanimidade — a proposta seguiu para tramitação na Câmara dos Deputados — revela o aumento da disposição para buscar uma solução para os conflitos de terra envolvendo indígenas e produtores rurais.

Simone Tebet, que defendeu indenização da União para os titulares de terras incluídas em demarcações, afirmou que Moraes mencionara anteriormente que a função da propriedade deve ser vista no conceito do interesse social. Ela perguntou se aquela tese não contraria o texto da PEC.

Moraes concordou que o momento é “maduro” para a conciliação, lembrando seu diálogo no Ministério da Justiça com indígenas e parlamentares sobre a questão das demarcações, mas afirmou ser necessário garantir os direitos dos índios:

— O índio precisa do desenvolvimento: saúde, educação, alimentação — frisou.

Alexandre de Moraes, contudo, se declarou favorável a levar em conta os direitos dos portadores de títulos de propriedade — alguns, como lembrou, concedidos ainda por D. Pedro II aos combatentes da Guerra do Paraguai.

Penitenciárias

Na sabatina, Moraes também respondeu a pergunta de Simone Tebet sobre a crise penitenciária. Para ele, a questão da segurança requer mais do que endurecimento das penas.

— A certeza de uma punição rápida é muito mais importante do que o tamanho da punição — disse.

Ele, porém, preferiu não comentar a decisão do Supremo Tribunal Federal que concedeu indenização a um cidadão submetido a condições desumanas numa instituição carcerária. Moraes sugeriu que, a exemplo do que foi determinado pela Suprema Corte dos EUA, os estados poderiam ser obrigados a destinar mais recursos ao Fundo Penitenciário ou às secretarias de assuntos penitenciários estaduais para a aplicação de medidas contra a superlotação.