O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou à Agência Brasil que “O Brasil deve cresceu entre 7% e 8% em 2010 e tem toda possibilidade de continuar com esse crescimento”, acrescentando que “agora, para que esse crescimento tenha bases sólidas, é necessário que se cumpram os desafios das reformas estruturais.”
Paulo Skaf quer que o governo de Dilma Rousseff dê prioridade às reformas tributária, política e trabalhista, que vêm sendo discutidas há anos no Congresso Nacional, pois segundo ele, o Brasil precisa dessas reformas para manter a trajetória de desenvolvimento social e crescimento econômico.
Na área dos tributos, Paulo Skaf defendeu mudanças que deem mais agilidade ao recolhimento de impostos e acabem com a chamada guerra fiscal entre estados. Na área trabalhista, uma reforma que modernize as leis vigentes desde 1940. E, finalmente, na política, o importante é definir regras moralizadoras que “evitem esses escândalos que acontecem a toda hora por aí”.
Otimista com o futuro do Brasil sob o comando de Dilma Rousseff, Skaf disse que sempre teve um bom relacionamento com a presidente eleita. Mas cobrou pressa nas decisões. “Reforma se faz no início do mandato”, advertiu ele. “Então, o momento para promover essas reformas é o primeiro semestre de 2011.”
Para Skaf, apesar do apoio que Dilma terá no Congresso, é preciso agir rápido. Caso contrário, mudanças no cenário político poderão fazer com que a situação favorável desapareça. Por isso, ele quer que os projetos de mudanças na legislação sejam definidos logo no início do governo e votados brevemente. “Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém”, afirmou.