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Tatuador encontra filho levado há dois anos por mãe suspeita de assassinato

22 novembro 2016 - 18h17

Depois de dois anos sem notícias, o tatuador Adham Wahab, de 30 anos, finalmente viaja para ver o filho Nicholas Ghassan Rodrigues Wahab, de 12 anos. O menino foi encontrado em Itaúna, município de Minas Gerais, onde vivia com a mãe Emory Luiza Rodrigues Ramos, foragida da justiça pelo assassinato do próprio tio.

A história de desespero do tatuador e também da família de José Antunes Rodrigues de Oliveira, morto pela sobrinha em 2014, no município de Arraial d'Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA), teve fim depois que a notícia tomou proporção nacional e moradores da cidade entraram em contato com a família.

“Entraram em contato falando que o Nicholas estava lá e que ela [Emory] usava o nome de Helô”, contou Adham. Nesta segunda-feira (21) o tatuador entrou em contato com as autoridades policiais da cidade, que mondaram campana e nesta terça-feira encontraram Nicholas e os dois irmãos na casa de uma vizinha.

As crianças foram deixadas no local pela mãe, que foi encontrada horas depois e detida, segundo o tatuador. “Estou viajando agora para buscar ele. Ele está com as autoridades e já estou a caminho”, comemorou o pai do menino.

Formada em direito pela UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), Emory estava foragida desde 2014, quando o crime aconteceu. José Antunes sofria de depressão crônica e orientado pela irmã, mãe de Emory, resolveu viajar para passar um tempo com a sobrinha. Menos de um mês no município, ele ligou para os dois filhos e falou que voltaria para Campo Grande, pois teria visto a sobrinha usando drogas.

“Ele ligou de manhã, falou que voltava no mesmo dia, mas não conseguimos mais contato com ele”, contou a filha de José, Maria Ayslane, de 30 anos. Ela lembrou que o pai tinha o costume de dormir depois do almoço e foi quando cochilava que levou os golpes na cabeça.

Para ela, a prima viu que o pai tinha pouco mais de R$ 20 mil na bagagem e por isso, junto com o namorado da época, resolveu cometer o crime. “Ela alugou um carro, enrolou ele nas cobertas do filho, levou para saída de Trancoso e colocou fogo”. Na época, os três filhos da advogada ficaram com uma vizinha, que mais tarde veio a ser testemunha do caso.

Sem ter notícias do pai, a família tentou contato com a prima, mas nenhum telefone foi retornado. Foram seis meses até que a identificação do corpo de José Antunes saísse. No final de outubro, Maria Ayslane finalmente foi até a cidade buscar os restos mortais no pai, que foi enterrado no dia 2 de novembro.

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