A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Congresso Nacional que investiga a violência contra a mulher no Brasil vai realizar amanhã (12) e terça-feira (13) diligências e audiência pública em Campo Grande. Os membros da CPMI farão diligências em órgãos de atendimento à mulher em situação de violência e uma reunião com o movimento de mulheres do Estado. Na terça-feira, às 14 horas, está prevista audiência pública para ouvir gestores públicos, representantes do Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, movimentos sociais e sociedade civil organizada.
Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a Comissão investiga a situação da violência contra a mulher no Brasil e apura denúncias de omissão do poder público. A CPMI é presidida pela deputada federal Jô Moraes (PCdoB-MG), tem como relatora a senadora Ana Rita (PT-ES) e na vice-presidência, a deputada Keiko Ota (PSB-SP).
De acordo com o Mapa da Violência 2012, do Ministério da Justiça, Mato Grosso do Sul ocupa o 5º lugar entre os estados do País em assassinatos de mulheres, com seis homicídios para grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 4,4. O primeiro colocado é o estado do Espírito Santo (9,4), o segundo Alagoas (8,3) e o Paraná aparece na terceira colocação (6,3).
Ponta Porã é a cidade mais violenta do estado e ocupa a 10ª colocação entre as 100 mais violentas do Brasil. A taxa de homicídios lá é de 17,8 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres, número muito acima da média nacional, de 4,4. Ponta Porã supera as capitais mais violentas do Brasil, como Porto Velho, Rio Branco e Manaus, que têm índices acima dos 10 homicídios em cada 100 mil habitantes. Campo Grande possui taxa de homicídios de 3,3 para grupo de 100 mil mulheres e ocupa a 24ª colocação entre as capitais.