A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) apura o caso de dois detentos que atualizavam perfis no Facebook de dentro do estabelecimento penal de segurança máxima, em Campo Grande. Claresvaldo Lemes Ferreira e Carlos Alexandre Matias Alves, presos por tráfico de drogas e homicídio, respectivamente, foram colocados em celas de isolamento.
O órgão informou ao G1 que um procedimento disciplinar foi aberto. O objetivo é descobrir como os detentos conseguiram os celulares que usavam para manter as redes sociais. A apuração, de acordo com a secretaria, leva de 30 a 40 dias.
A Justiça analisará o resultado da investigação quando ela terminar e decidirá se altera o tempo de permanência dos detentos na unidade prisional.
O regulamento interno do presídio prevê que usar celulares dentro da unidade configura falta grave, segundo a Sejusp. A assessoria do órgão explica que são feitas ações para barrar a entrada dos aparelhos e operações para encontrar os que já estão dentro da prisão. “Está em estudo a contratação de uma empresa que bloqueia o sinal de celular no presídio, sem afetar os moradores da região”, afirma a secretaria.
Perfil
O G1 constatou que às 17h25 (horário de MS) desta quarta-feira (7), apenas o perfil de Ferreira podia ser acessado. O de Mathias já não aparece no sistema de busca da rede.
No histórico de postagem dos perfis dos presos é possível ver que as atualizações eram diárias. Em uma das mensagens, postada em 25 de outubro, Alves relata uma suposta festa que teria acontecido dentro da unidade.
“E toma um banho e começa a festinha muita cachaça e o resto e segredo kkk aqui nau tem lei seca kkk (sic)”. No dia 16 do mesmo mês ele compara sua estadia na prisão com férias. “Nossa uma hra dessa e ainda acordado q nada todo dia e dia e fervo to di férias kk (sic)”.