O secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, classificou o uso do Facebook por detentos em Campo Grande como uma ousadia. O órgão investiga o caso de dois presos que mantinham perfis na rede social por meio de celulares, que foram isolados após a descoberta da irregularidade. Para o secretário, essa atitude não ficará impune.
“É uma ousadia. Vamos investigar e descobrir como esses celulares entraram no presídio. Esse caso será apurado e os responsáveis serão punidos, não resta dúvida quanto a isso”, diz Jacini.
Burlando a segurança
O diretor da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), coronel Deusdete de Oliveira, afirma que a quantidade de presos que tem acesso a celulares e internet dentro de unidades prisionais é significativa. “Apenas em 2012 apreendemos 1,4 mil celulares em operações dentro dos estabelecimentos”, relata.
Quando é descoberta uma conta mantida por detentos, o procedimento padrão, segundo Oliveira, é o isolamento do usuário e o cancelamento da rede social. Para evitar casos semelhantes foi pedida a retirada de torres transmissoras de operadoras de celular que ficavam em frente ao presídio.
“Aquele local tinha um dos melhores sinais de Campo Grande. Com a retirada da torres vamos entrar em contato com as empresas de telefonia para saber que tipo de equipamento poderá ser colocado para que bloqueie apenas o sinal no complexo penitenciário”.
Além disso, segundo ele, serão feitas operações rotineiras nos presídios e uma fiscalização maior principalmente em cima das mulheres, muito utilizadas para entrar com celulares dentro dos presídios, na opinião do diretor.