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Funcionários da prefeitura continuam presos em Aquidauana

28 setembro 2012 - 19h46Por Redação Douranews

Os cinco servidores públicos da prefeitura de Aquidauana, presos na quinta-feira (27), durante a Operação Parajás, foram apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE) como suspeitos de participarem de um esquema de desvio de dinheiro público através da emissão de notas frias. Eles continuam detidos na Delegacia de Polícia Civil da cidade, onde devem permanecer por cinco dias, prazo da prisão temporária decretada pela Justiça. A operação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) na cidade que fica a 143 km de Campo Grande.

Conforme o promotor Marcos Alex Vera de Oliveira, coordenador do Gaeco, as investigações apontaram diferenças entre os valores dos serviços prestados e os valores das notas emitidas para o município.

“Um prestador, inclusive, indicou que ele prestava serviço de R$ 800 e emitia nota de R$ 3 mil a R$ 4mil, sacava esse valor e essa diferença ele restituía em dinheiro pro secretário de finanças”, afirmou o promotor.

Segundo o advogado Darcilio Silva de Arruda, representante dos servidores, as acusações do MPE são de que o principal suspeito de receber parte do dinheiro desviado é o secretário de finanças do município, Paulo Sergio Gourlart. O advogado Luiz Carlos Ferreira Ferreira, que integra a defesa, disse que entraria com pedido de habeas corpus na quinta-feira (27).

Os advogados negam a acusação do MPE de que o dinheiro seria destinado à campanha do atual prefeito da cidade Fauzi Suleiman. Também foram detidos como suspeitos de participação participação no esquema o assessor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Jorge Cáceres, o servidor da Gerência Municipal de Finanças, Carlos Augusto Paim, o chefe de Gabinete da Ouvidoria-Geral do gabinete do prefeito e a servidora do Setor de Licitações, Fernanda Aparecida Alves Marti.

Investigações
A Operação Parajás, foi desencadeada após cinco meses de investigação do MPE. Policiais do Gaeco apreenderam documentos e arquivos da prefeitura na quinta-feira (27) e lacraram o prédio da administração municipal. Dentre as irregularidades apontadas estão fornecimento de combustível, contratação de funcionários comissionados e favorecimento em concurso público, além da emissão de notas 'frias'.

O MPE informou ao G1 que não descarta a possibilidade de novas prisões, a partir dos depoimentos dos funcionários já detidos.