O verão, no hemisfério sul, começou oficialmente às 8h44 (pelo horário de verão, em Brasília) na quarta-feira (21) passada e termina às 7h29 de 20 de março de 2017. De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), vinculado ao Mapa (o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), as mudanças nas condições de tempo nesta estação são marcadas pela ocorrência de chuvas em forma de pancadas, temporais com possibilidade de granizo, ventos fortes e elevação das temperaturas.
Devido às suas características climáticas, o verão é especialmente importante para a atividade agrícola do Brasil, em quase toda a sua extensão territorial. O verão de 2017 deverá ser uma estação clássica e típica com chuvas generalizadas e temperaturas altas em quase todo o país.
O Verão de 2017 será marcado pela atuação do fenômeno oceânico-atmosférico “La Niña”, de forma fraca. De modo geral, a ocorrência deste fenômeno, com fraca intensidade, é favorável às chuvas na região Nordeste e desfavorável no Sul.
Entretanto, outros fatores, como a temperatura na superfície do oceano Atlântico Tropical e na área oceânica próxima à costa do Uruguai e da região Sul, poderão influenciar, dependendo das características climáticas durante essas estações, no regime de chuvas, intensificando ou atenuando os efeitos do La Niña.
Centro-Oeste
Para o Verão, inicia a atuação de formação de sistemas de baixa pressão atmosférica, que geralmente estão associados à ocorrência de chuvas regulares e intensas. A previsão para os próximos três meses (janeiro, fevereiro e março) indica chuvas acima da estação normal climatológica em grande parte dos estados de Goiás e Mato Grosso.
Com a possível posição da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) mais ao norte de sua posição climatológica, existirá a possibilidade, inclusive, de eventos extremos como chuvas intensas, ventos fortes e queda de granizo em todos os estados da região.
Tais níveis, de chuva esperada, poderão beneficiar a agricultura e o desenvolvimento para cultivos no centro-oeste. Em contrapartida, o prognóstico para o sul do estado do Mato Grosso do Sul indica maior probabilidade de chuvas irregulares, e abaixo da normal climatológica para o trimestre.
Vale ressaltar: Como a média trimestral é alta, existe, também, a possibilidade de chuvas consecutivas por mais de sete dias. Esses altos níveis de umidade, poderão ser prejudiciais ao manejo agrícola e aparecimento de doenças, especialmente da “Ferrugem Asiática”.