O presidente da Câmara Idenor Machado (PSDB) recebeu na manhã desta segunda-feira (7) das mãos do historiador Carlos Magno Mieres Amarilha, o estudo detalhado que propõe contribuir para possível revisão da história do município de Dourados. O vice-presidente Cirilo Ramão (PMDB) e o segundo-secretário Pedro Pepa (DEM) também estavam presentes.
No total, são quatro relatórios. O primeiro documento fala sobre o dia 20 de dezembro, data da elevação do município, feriado municipal que, no entanto, tem sido considerado dia normal de trabalho, por força da organização dos comerciantes da cidade, apesar das contestações de entidades de classe de trabalhadores.
O segundo relatório aborda sobre o Brasão Oficial de Dourados. Há proposta de se abolir do símbolo a frase “Terra de Antonio João” e acrescentar “Terra de todos os povos”, por suposta falta de identidade do herói da Guerra do Paraguai com o município.
O terceiro volume do estudo fala sobre “Os deslizes históricos: a importação de eventos históricos como sendo de Dourados”. Questiona, por exemplo, que as terras que deram início à formação da cidade tenham sido doadas pelo pioneiro Marcelino Pires.
Já o quarto relatório, “A história da gênese da formação de Dourados”, trata-se de uma análise dos documentos oficiais por meio de leis, decretos e resoluções, do governo do Estado, e que se referem ao município de Dourados.
De acordo com o professor Carlos Magno, responsável pelo estudo, o trabalho não é algo já pronto, para ser ‘enfiado goela abaixo’, mas uma contribuição para enriquecer o debate sobre a verdadeira história de Dourados. “Frequentemente, nos deparamos com polêmicas e controvérsias sobre a nossa cidade. E percebemos que há alguns deslizes quando é evocada a história”, diz.
O historiador sugere que seu estudo sirva como um ponto de partida para que o legislativo municipal assuma e conduza o debate sobre a necessidade de revisão da história da cidade, como, por exemplo, a questão do dia 20 de dezembro, “já que há dez anos o feriado não é guardado dignamente”.
O presidente da Câmara, Idenor Machado, disse que o documento será encaminhado para a Comissão de Habitação e Patrimônio Público para que seus membros possam avaliar e emitir parecer.