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Canasul movimentou R$ 25 milhões em negócios em Dourados

25 outubro 2012 - 17h35Por Redação Douranews

Cerca de 25 milhões em negócios foram fechados durante a sexta edição do Congresso da Cana de Mato Grosso do Sul (Canasul) e a 2ª Feira do Agronegócio e do Setor Metalmecânico (Agrometal), promovidos entre segunda e quarta-feira (dias 22 e 24) no Parque de Exposições de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande.

Segundo a secretária de Agricultura, Indústria e Comércio de Dourados, Neire Colman, R$ 10 milhões foram movimentados na rodada de negócios do evento, que contou com a participação de dez usinas sucroenergéticas e 68 empresas, a maioria micro e pequenas, fornecedoras de produtos e serviços.

Os outros R$ 15 milhões que o evento movimentou, conforme Neire, foram em negócios fechados entre visitantes e as 43 empresas que montaram estandes no local. O crescimento em relação a edição do ano passado quando o Canasul movimentou R$ 12 milhões foi de 108%.

Esse bom resultado, de acordo com a secretária, se traduz no interesse pelo evento do próximo ano, que já tem 25% dos estantes previamente comercializados. “Foi um grande sucesso, nos surpreendeu e demonstra que o setor está aquecido e que Dourados se consolida como um polo sucroenergético do país”, concluiu.

Palestras
Durante palestra no evento, o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda, apresentou um perfil do trabalhador do setor no estado. O levantamento indicou que o segmento emprega diretamente 29,5 mil colaboradores e possui o maior salário médio da agricultura, com o valor de R$ 1.487 e o terceiro mais alto da indústria, com R$ 1.753.

Ele explicou ainda que 35% dos empregos diretos estão na área agrícola e os outros 65% na industrial, e que do total de postos de trabalho, 83% são vagas permanentes.

Já o diretor comercial do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Osmar Figueiredo Filho, destacou em sua apresentação no Canasul, que os canaviais brasileiros podem em um período de 20 anos multiplicar por cinco sua produtividade em etanol, saltando da média atual de 7 mil litros por hectare para 35 mil litros por hectare.

A façanha, segundo ele, pode ser conquistada com o uso de novas tecnologias no processo produtivo das áreas agrícola e industrial através do aprimoramento do manejo dos canaviais, melhoramento genético das variedades, uso de marcadores moleculares e da viabilização do etanol celulósico (segunda geração).

Já o diretor executivo da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão, comentou que o Brasil precisa dobrar até 2020 seu volume de produção de cana-de-açúcar, passando dos atuais 560 milhões de toneladas para 1,2 bilhão de toneladas, para atender a demanda crescente pelo etanol, pelo açúcar e também para atender a nova gama de produtos que vai utilizar a planta como matéria-prima.

Leão apresentou estudo que indica que a frota de carros flex deve saltar nestes próximos sete anos de 51% para 81% do total de automóveis em circulação no país e a de motocicletas passar de 11% e chegar até a 61%.

O diretor da Unica aponta ainda que para suprir o mercado doméstico do açúcar e manter pelo menos 50% de participação no mercado mundial do alimento, o setor sucroenergético brasileiro terá de ampliar sua produção até 2020 em 15,7 milhões de toneladas, saindo das 35,3 milhões de toneladas do ciclo passado e chegando a 51,1 milhões de toneladas.

Também durante o evento, a secretária estadual de Desenvolvimento Agrário, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, anunciou que os governos de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso pretendem articular um pedido de revisão nos os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Meio Ambiente (MMA) da proibição da instalação de novas usinas sucroenergéticas na Bacia do Alto Paraguai (BAP), determinada pelo Zoneamento Agroecológico da Cana, o ZAE Cana.

A decisão foi tomada, conforme a secretária, depois que ela foi informada pelo diretor de Cana-de-Açúcar e Agroenergia do MAPA, Cid Caldas, que também participa do evento, de que o ministério está revendo algumas determinações do zoneamento.

Tereza Cristina diz que uma das primeiras medidas desse esforço concentrado será tentar derrubar o veto do Conselho Monetário Nacional (CMN) as linhas de financiamento para o plantio e industrialização da cultura na BAP. "Não adianta mudar e legislação se não acabar com esse veto, porque os empreendimentos precisam de financiamento", explicou. Segundo informações do G1.