A diretora administrativa da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), Daniely Heloise Toledo, admitiu nesta quinta-feira (9), durante encontro com servidores depois de protesto realizado pela manhã na frente do gabinete do prefeito Alan Guedes (Progressistas), que já passou por muitas situações de constrangimento “por prometer e não poder cumprir” compromissos com a categoria.
Os servidores, que reclamam pagamento de salários e férias atrasadas e pelo recolhimento das parcelas não honradas do FGTS, realizaram a terceira das seis manifestações que já marcam a administração de Guedes nos primeiros seis meses da atual administração. Das outras três vezes, o prefeito foi ‘visitado’ por servidores da UPA e do Hospital da Vida, moradores sem-teto e lideranças do comércio reivindicando liberdade econômica.
“Vocês tem razão quando reclamam, a Administração falhou, a nossa Comunicação não informa, e eu não sei mais o que fazer se eu provisiono um xis, e no dia de pagar me chega uma conta de dois xis”, reclamou a diretora, sobre a folha extra de pagamentos devida pela Fundação, em vídeo registrado por manifestantes e publicado nas redes sociais. Daniely ainda disse que estava ‘correndo’ atrás do prefeito desde a semana passada para tentar resolver esse impasse.
A Funsaud tem uma dívida “super mega”, definiu ela sobre o ‘rombo’ apurado nas contas da instituição, inicialmente em cerca de R$ 35 milhões e que agora estima-se já seja superior a R$ 100 milhões, sem previsão de solução. “Já passei pelo constrangimento de prometer e não poder cumprir. Quando tenho uma programação, deixo de pagar outra coisas e seguro pra pagar vocês. No dia 6 o doutor Jairo ficou até 7 da noite na Prefeitura, tentando resolver essa situação”, relatou a diretora, tentando isentar o sócio do pai do prefeito e presidente da Fundação por ter requisitado a presença da Guarda Municipal e esquivar-se de atender os servidores.