A Câmara de Dourados vive uma situação inusitada. Composto por 12 vereadores, o Legislativo, após o afastamento dos envolvidos na operação "Uragano" (furacão, em italiano), aumentou em 75% a folha de pagamento aos vereadores, com a posse dos nove suplentes.
Isso tudo porque os vereadores que foram afastados continuarão recebendo seus salários, conforme decisão do desembargador Rubens Bergonzi Bossay: “em razão da excepcionalidade, concedo o afastamento provisório dos apelados do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, pelo prazo de 90 dias, prorrogável, em havendo necessidade, até a completa produção da prova na ação principal, mediante decisão judicial”.
Em meio a essas situações, muita gente condena esse tipo de atitude. "Como é que pode? Quando um trabalhador comum é demitido ou afastado por suspeita de qualquer irregularidade, a primeira coisa que acontece é a suspensão de seu pagamento. Porque com os vereadores é diferente, já que todos viram, através de vídeos que circulam na mídia, que eles estão errados e por isso perderam o lugar?", desabafa Paulo Gomes da Silva.