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Empreendimento imobiliário constroi aterro e congestiona trânsito

10 novembro 2012 - 12h42Por Redação Douranews

O trajeto entre o perímetro urbano de Dourados e a Cidade Universitária, que hoje só pode ser feito pela avenida Guaicurus, é compartilhado também por quem se utilizada de um trecho para ter acesso ao distrito de Itahum e pela grande comunidade indígena que transforma parte do leito de grande movimento em “atalho” para chegar aos fundos da aldeia Bororó.

Já apelidada pelos estudantes e professores como “rodovia da morte” pela falta de segurança, alta velocidade e constantes mortes trágicas ocorrida nos últimos anos, agora a situação pode ficar ainda pior por conta de um aterro feito na lateral da pista e que interrompe a “estradinha carreteira” que serve para o tráfego de tratores, bicicletas e as tradicionais carroças e charretes dos índios que se deslocam até a Reserva de Dourados.

O aterro foi improvisado com o objetivo de facilitar o acesso dos veículos que trafegam pela avenida Guaicurus e precisam fazer o contorno  à direita para entrar no bairro Novo Parque Alvorada, empreendimento que está sendo implantado naquela área e que já é alvo de bastante polêmica.

De acordo com usuários do trecho, a empresa responsável pelo aterro seria o grupo empreendedor que vem comercializando lotes na região do Parque Alvorada. As carroças dos índios agora precisam usar o asfalto da Guaicurus, se misturando a caminhões, carretas, motos e veículos de passeio, deixando o transito ainda mais perigoso.

Na mesma região, também, com recursos públicos, está sendo retomada a construção do futuro Centro de Convenções de Dourados, obra iniciada há cerca de cinco anos e que estava paralisada. No local, também é grande o movimento de pessoas e caminhões, principalmente, de materiais para o prédio público.

O que mais intriga os usuários da avenida Guaicurus é que a “estradinha carreteira”, reivindicada pelas lideranças indígenas e atendida pelas autoridades, está sendo destruída, sem nenhum escrúpulo, pelo empreendimento imobiliário que só se preocupou em ampliar os interesses empresariais e não levou em conta o interesse coletivo. Tanto que o aterramento praticamente interrompe o tráfego das carroças indígenas.