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Governo promete 2 poços e índios liberam rodovia

Protesto tumultuado acaba após mediação com o MPF

28 novembro 2024 - 18h07Por Redação Douranews

Uma reunião que durou em torno de quatro horas, realizada pelo MPF (Ministério Público Federal), nesta quinta-feira (28), terminou em consenso entre indígenas e o Governo de Mato Grosso do Sul sobre o fornecimento de água potável para atender as comunidades habitantes das aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados. 

Indígenas bloquearam a rodovia desde o início da semana, em protesto contra a falta de água na Reserva Indígena Federal de Dourados. Na quarta-feira (27), policiais militares e o Batalhão do Choque entraram em conflito com os indígenas e ao menos 15 pessoas ficaram feridas, conforme relato das lideranças.

Para desbloquearem trecho da MS-156, o Governo do Estado representado pela secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza da Silva, se comprometeu a construir dois poços de água potável, sendo um em cada aldeia, até o mês de março do ano que vem.

Os dois poços artesianos, segundo disse a secretária, vão custar R$ 495 mil e serão construídos com recursos do Governo do Estado, com previsão de serem entregues até 10 de março. Com o acordo, a rodovia foi desobstruída.

“Era o que nossa comunidade esperava, que o Governo chegasse com uma solução definida e assinada, para que todos pudessem aceitar”, disse Ramão Fernandes, cacique da Aldeia Jaguapiru, um dos líderes do movimento que fechou a rodovia.

Para o procurador do MPF, Marco Antônio Delfino, o compromisso firmado é o início da solução do problema estrutural:

“Eu acho que, como o Governo afirmou, essa junção das esferas federal, estadual e municipal (Dourados e Itaporã) era necessária para que esse problema, que é uma questão complexa, pudesse ser enfrentado. Vejo com muito otimismo esse passo”

Marco Antônio considerou ainda que o governo federal foi sensível ao anunciar a liberação de R$ 4 milhões [2 milhões do Ministério dos Povos Indígenas e 2 milhões do Ministério da Saúde] que, junto a os caminhões-pipa e poços do governo do Estado, “representam o início da solução de um problema estrutural”, disse.