Uma parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado pode acabar com os buracos que se multiplicam a cada chuva em Dourados. Convênio semelhante ao que ocorreu em Campo Grande esta semana, em que a prefeitura e o Estado vão investir, cada um, R$ 25 milhões, pode ser feito em Dourados, segundo propõe o vereador Marçal Filho.
"Se na capital o governador se propôs a ajudar na operação tapa-buraco e no recapeamento de ruas, Dourados também pode ser beneficiado. Somos o segundo maior município, polo na região sul e também precisamos de apoio para a manutenção de nossas ruas", avalia o vereador.
Presidente do PSDB local, mesmo partido do governador Reinaldo Azambuja, Marçal diz que fará interlocução entre a Prefeitura e o Estado. "Já conversei com o governador sobre o problema da malha asfáltica em Dourados, de ruas intransitáveis, e vou propor para que Dourados também possa firmar um convênio com o Governo do Estado", reiterou Marçal Filho.
Nestes primeiros dias de mandato como vereador, Marçal tem percorrido os bairros da cidade e constatou que o problema é crônico em algumas ruas, como a Nely Todeschini, no Jardim Santa Maria. Há mais de um ano teve início um trabalho de recapeamento de 300 metros da rua, até hoje não concluído.
O asfalto do trecho foi retirado e no lugar colocado brita para receber nova malha asfáltica. O problema é que a chuva levou os primeiros serviços e o local se transformou num tormento para os moradores. Antonio Vieira, de 65 anos, mora na esquina da Nely Todeschini e reclama do serviço realizado: “Trabalho mal feito e agora está pior do que estrada de chão”.
Marçal Filho, que tem usado o perfil que mantém pela rede social, através do Facebook, para receber denúncias dos moradores, críticas e sugestões, sugeriu durante transmissão ao vivo que a prefeita Délia e o governador Reinaldo façam um convênio para resolver a buraqueira que toma conta não só dos bairros, como da região central.
Iniciativa
Marçal explicou ainda que, se Campo Grande tem direito a um convênio, Dourados também pode, mas para que isso ocorra, a prefeita Délia deve tomar a iniciativa de buscar recursos junto ao Governo do Estado e entrar em acordo para recuperar as ruas da cidade.
Os recursos do Estado serão repassados a Campo Grande via o Fundersul (Fundo Estadual de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário) e a contrapartida do município virá da arrecadação de recursos do IPTU (o Imposto Predial e Territorial Urbano) e de redução de custeios da máquina pública.