O ministro da carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, participou, na manhã desta terça-feira (26), em Dourados, de explanação com a comunidade acadêmica e diretores da Unigran sobre o andamento e avanços da Rota Bioceânica, o corredor rodoviário que, conforme definiu, “vem para romper paradigmas pela conexão que fará direto com o Pacífico, com o Chile, a região do Chaco e o norte da Argentina”.
A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário com 2,3 mil quilômetros, que interliga o Oceano Atlântico aos portos de Antofagasta e Iquique, no Chile, cortando o Brasil, Paraguai e Argentina. O objetivo é encurtar as distâncias, otimizando as exportações do Centro-Oeste brasileiro a mercados como Ásia, Oceania e Estados Unidos.
“O Centro Oeste brasileiro, infelizmente, não dispõe de uma costa e ficou, por décadas, sujeito a uma logística centralizada entre Buenos Aires e São Paulo. Isso deixou Mato Grosso do Sul dependente dos portos brasileiros, de uma logística onerosa e prejudicial aos produtores do Estado”, observou o palestrante.
Ainda segundo o ministro, a Rota irá ‘obrigar’ o empresário local e aperfeiçoar seus serviços. “[A Rota] vai obrigar o empresário e se internacionalizar, importando e exportando diretamente a produção. Estamos falando de, em apenas dois anos, estarmos com a rota construída, a ponte construída, o que vem para selar, em definitivo, a pujança de toda uma região e o nosso pleno desenvolvimento econômico”, completou.